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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o general Richard Fernandez Nunes como chefe do Estado-Maior do Exército. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (29). O militar foi citado no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A mudança em cargos de comando das Forças Armadas, que envolvem além do Exército, a Marinha e a Força Aérea, ocorre anualmente. Nunes vai substituir Fernando José Sant’ana Soares e Silva no posto. A assinatura da promoção de oficiais e trocas foi feita na quinta-feira (28) com presença dos comandantes das Forças e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no gabinete da presidência.
O general era Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro na época do assassinato da vereadora do PSOL. Ele ocupava o cargo durante a intervenção federal no Estado, decretada pelo então presidente Michel Temer (MDB).
Nessa posição, foi Nunes quem nomeou o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Estado (PC-RJ). O policial foi preso, no último domingo (24), por suspeita de arquitetar as mortes e obstruir as investigações sobre o caso.
De acordo com investigações da PF, o hoje chefe do Estado-Maior do Exército teria nomeado Rivaldo mesmo com a ressalva do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de que o delegado não era recomendado para o comando da instituição. À Folha de S.Paulo, o general disse que estava “perplexo”.
"Lógico que essa prisão me deixou perplexo. Como é que pode um negócio assim? É impressionante. É um negócio de deixar de queixo caído. Naquela época, não havia nada que sinalizasse uma coisa dessas, uma coisa estapafúrdia. (...) Eu nunca percebi, e eles até acham que me ludibriaram. Eu posso ter sido ludibriado, como a sociedade inteira, né? A sociedade inteira foi ludibriada”, disse ao jornal paulista.
Rivaldo foi detido no último domingo juntamente com os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal) e Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro). Ambos foram apontados como mandantes do crime. O delegado está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Nunes foi criticado por apoiadores de Jair Bolsonaro
No final do governo de Jair Bolsonaro (PL), o general Richard Fernandez Nunes e o comandante do Exército, Tomás Paiva, foram alvos de ataques de bolsonaristas. Ele era comandante militar do Nordeste, e foi criticado nas redes por não apoiar atos após a derrota de Bolsonaro. “Por vezes, dizer 'não' pressupõe muito mais coragem do que alinhar-se a eventuais pressões de caráter político”, escreveu na época.
O Tempo Brasília
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o general Richard Fernandez Nunes como chefe do Estado-Maior do Exército. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (29). O militar foi citado no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A mudança em cargos de comando das Forças Armadas, que envolvem além do Exército, a Marinha e a Força Aérea, ocorre anualmente. Nunes vai substituir Fernando José Sant’ana Soares e Silva no posto. A assinatura da promoção de oficiais e trocas foi feita na quinta-feira (28) com presença dos comandantes das Forças e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no gabinete da presidência.
O general era Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro na época do assassinato da vereadora do PSOL. Ele ocupava o cargo durante a intervenção federal no Estado, decretada pelo então presidente Michel Temer (MDB).
Nessa posição, foi Nunes quem nomeou o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Estado (PC-RJ). O policial foi preso, no último domingo (24), por suspeita de arquitetar as mortes e obstruir as investigações sobre o caso.
De acordo com investigações da PF, o hoje chefe do Estado-Maior do Exército teria nomeado Rivaldo mesmo com a ressalva do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de que o delegado não era recomendado para o comando da instituição. À Folha de S.Paulo, o general disse que estava “perplexo”.
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Rivaldo foi detido no último domingo juntamente com os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal) e Domingos Brazão (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro). Ambos foram apontados como mandantes do crime. O delegado está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Nunes foi criticado por apoiadores de Jair Bolsonaro
No final do governo de Jair Bolsonaro (PL), o general Richard Fernandez Nunes e o comandante do Exército, Tomás Paiva, foram alvos de ataques de bolsonaristas. Ele era comandante militar do Nordeste, e foi criticado nas redes por não apoiar atos após a derrota de Bolsonaro. “Por vezes, dizer 'não' pressupõe muito mais coragem do que alinhar-se a eventuais pressões de caráter político”, escreveu na época.
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