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O primeiro aniversário dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro deve dar a largada ao ano político em Brasília. Para recordar o dia em que as sedes dos três Poderes foram destruídas por manifestantes golpistas na capital federal, o Congresso Nacional sediará o evento “Democracia Inabalada”, para o qual são esperados cerca de 500 convidados na próxima segunda-feira (8/1), sendo elas várias autoridades de todo o país. Entre as lideranças mineiras, apenas o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), confirmou presença até esta quinta-feira (4/1). O governador Romeu Zema (Novo) e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), ainda não garantiram a participação no ato.
O evento é nomeado a partir da campanha lançada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois dos atos terroristas. Em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse do presidente Luiz INácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado na eleição do ano anterior, invadiram a Suprema Corte, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto inconformados com o resultado das urnas eletrônicas que levou o petista pela terceira vez à chefia do Executivo nacional.
Os atos foram marcados pela negligência das forças de segurança do Distrito Federal, que não apresentaram resistência à entrada dos vândalos nos prédios públicos. As reações seguintes, no entanto, tiveram outra característica. Entre os dias 8 e 9 de janeiro, 1.170 pessoas foram detidas por suspeita de participação no movimento. Um ano depois, apenas 66 delas seguem presas, sendo 30 já condenadas. O Ministério Público apresentou um total de 1.354 denúncias relacionadas aos ataques contra a Democracia brasileira.
O evento é organizado pelo Senado, mas a lista de convidados conta com a interferência do Palácio do Planalto. O próprio Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e os ministros do STF estão entre as autoridades esperadas no ato pela “Democracia Inabalada”.
Pacheco, Lula e Lira devem discursar no evento, que está previsto para às 15h. Além deles devem falar Alexandre de Moraes, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Luís Roberto Barroso, como presidente do STF.
Fuad é o único mineiro confirmado
A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que Fuad Noman estará em Brasília na próxima segunda-feira. O prefeito da capital mineira foi o único chefe de Poder de Minas a atestar que estará no evento. Ele é também uma das lideranças mais próximas a Lula no estado.
Fuad apoiou o petista durante as eleições de 2022, quando fez campanha ao lado de Alexandre Kalil (PSD) para o governo de Minas. O então postulante derrotado a governador encabeçou a chapa vencedora das eleições municipais em BH em 2020 e deixou a cadeira de prefeito para Noman quando decidiu concorrer ao estado.
Passada a eleição, o prefeito de BH seguiu próximo do já empossado governo federal. Fuad recebeu diversos membros da equipe de Lula na capital e destacou sua proximidade com a gestão petista diante da ausência do governador Romeu Zema em oportunidades como a passagem dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG); de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA); e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI) pela cidade em agosto.
Postulante à reeleição, Fuad, no entanto, reúne declarações afastando a ideia de que a proximidade com Lula tenha significados eleitorais. Em uma dessas oportunidades, em entrevista ao "EM Minas" em setembro, ele avaliou o contato entre PBH, Zema e governo federal desta maneira: “Nós estamos em um momento de harmonia com os outros poderes, com o Estado e o Governo Federal. Questão política é questão política, nós temos que administrar a cidade, estado, país, em função das pessoas, em função da população”, disse, rechaçando pretensões eleitorais.
Por outro lado, Zema, que coordenou o braço mineiro da campanha de Bolsonaro em 2022, ainda não confirmou a presença no ato pela “Democracia Inabalada”. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador disse que a agenda dele ainda não está definida. Brasília espera uma resposta até esta sexta-feira (5/1).
O presidente da Assembleia, Tadeu Leite está em viagem e ainda não confirmou a presença, embora tenha sido convidado. A reportagem procurou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e questionou sobre a presença de membros das instituições no evento, mas não teve confirmação.
Fora de Minas, governadores que se somam a Zema como nomes de oposição ao governo federal também devem ser ausências no evento. Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; não estrão em Brasília na segunda. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, ainda não confirmou presença.
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O primeiro aniversário dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro deve dar a largada ao ano político em Brasília. Para recordar o dia em que as sedes dos três Poderes foram destruídas por manifestantes golpistas na capital federal, o Congresso Nacional sediará o evento “Democracia Inabalada”, para o qual são esperados cerca de 500 convidados na próxima segunda-feira (8/1), sendo elas várias autoridades de todo o país. Entre as lideranças mineiras, apenas o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), confirmou presença até esta quinta-feira (4/1). O governador Romeu Zema (Novo) e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), ainda não garantiram a participação no ato.
O evento é nomeado a partir da campanha lançada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois dos atos terroristas. Em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse do presidente Luiz INácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado na eleição do ano anterior, invadiram a Suprema Corte, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto inconformados com o resultado das urnas eletrônicas que levou o petista pela terceira vez à chefia do Executivo nacional.
Os atos foram marcados pela negligência das forças de segurança do Distrito Federal, que não apresentaram resistência à entrada dos vândalos nos prédios públicos. As reações seguintes, no entanto, tiveram outra característica. Entre os dias 8 e 9 de janeiro, 1.170 pessoas foram detidas por suspeita de participação no movimento. Um ano depois, apenas 66 delas seguem presas, sendo 30 já condenadas. O Ministério Público apresentou um total de 1.354 denúncias relacionadas aos ataques contra a Democracia brasileira.
O evento é organizado pelo Senado, mas a lista de convidados conta com a interferência do Palácio do Planalto. O próprio Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e os ministros do STF estão entre as autoridades esperadas no ato pela “Democracia Inabalada”.
Pacheco, Lula e Lira devem discursar no evento, que está previsto para às 15h. Além deles devem falar Alexandre de Moraes, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Luís Roberto Barroso, como presidente do STF.
Fuad é o único mineiro confirmado
A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que Fuad Noman estará em Brasília na próxima segunda-feira. O prefeito da capital mineira foi o único chefe de Poder de Minas a atestar que estará no evento. Ele é também uma das lideranças mais próximas a Lula no estado.
Fuad apoiou o petista durante as eleições de 2022, quando fez campanha ao lado de Alexandre Kalil (PSD) para o governo de Minas. O então postulante derrotado a governador encabeçou a chapa vencedora das eleições municipais em BH em 2020 e deixou a cadeira de prefeito para Noman quando decidiu concorrer ao estado.
Passada a eleição, o prefeito de BH seguiu próximo do já empossado governo federal. Fuad recebeu diversos membros da equipe de Lula na capital e destacou sua proximidade com a gestão petista diante da ausência do governador Romeu Zema em oportunidades como a passagem dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG); de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA); e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI) pela cidade em agosto.
Postulante à reeleição, Fuad, no entanto, reúne declarações afastando a ideia de que a proximidade com Lula tenha significados eleitorais. Em uma dessas oportunidades, em entrevista ao "EM Minas" em setembro, ele avaliou o contato entre PBH, Zema e governo federal desta maneira: “Nós estamos em um momento de harmonia com os outros poderes, com o Estado e o Governo Federal. Questão política é questão política, nós temos que administrar a cidade, estado, país, em função das pessoas, em função da população”, disse, rechaçando pretensões eleitorais.
Por outro lado, Zema, que coordenou o braço mineiro da campanha de Bolsonaro em 2022, ainda não confirmou a presença no ato pela “Democracia Inabalada”. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador disse que a agenda dele ainda não está definida. Brasília espera uma resposta até esta sexta-feira (5/1).
O presidente da Assembleia, Tadeu Leite está em viagem e ainda não confirmou a presença, embora tenha sido convidado. A reportagem procurou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e questionou sobre a presença de membros das instituições no evento, mas não teve confirmação.
Fora de Minas, governadores que se somam a Zema como nomes de oposição ao governo federal também devem ser ausências no evento. Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; não estrão em Brasília na segunda. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, ainda não confirmou presença.