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O senador Jean Paul Prates (PT-RN) denunciou o governo Bolsonaro ao participar, nesta quarta-feira, 29, do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras; “Estamos vivendo uma situação inusitada. Diretores da empresa atuam contra a empresa, contra os interesses do país”, criticou o parlamentar, escolhido vice-presidente da frente, que conta com 210 deputados e 42 senadores
Brasília - O senador Jean Paul Prates (PT-RN) denunciou o governo Bolsonaro ao participar, nesta quarta-feira, 29, do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras. Ele fez críticas ao programa de privatização da rede de gasodutos da Petrobras no Nordeste e das refinarias da empresa. "Estamos vivendo uma situação inusitada. Diretores da empresa atuam contra a empresa, contra os interesses do país", criticou o parlamentar, escolhido vice-presidente da frente, que conta com 210 deputados e 42 senadores.
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT-BA), presidente da frente, reforçou as críticas. Ele avalia que as privatizações de subsidiárias da Petrobras são um crime de lesa pátria, porque afrontam a soberania nacional e os interesses do país. Amanhã, o Supremo Tribunal Federal vai julgar a liminar concedida pelo ministro Edson Fachin, que suspendeu a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), e paralisou o processo de venda de oito refinarias da Petrobras.
No ato, Jean Paul disse ainda que a frente tem grandes desafios para convencer a opinião pública que a venda de ativos da Petrobras são um mau negócio para o país. "Parar uma refinaria para abrir espaço para concorrência e abrir mão de uma rede de gasodutos principal do Nordeste não faz sentido do ponto de vista econômico", denunciou. O lançamento da frente contou com a presença de personalidades políticas e representantes da sociedade civil.
O senador questionou a venda da TAG, alertando que o argumento de que a Petrobras está impedindo a expansão do mercado de gás é pueril. "O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai baixar o preço do gás quebrando o monopólio. Ora, se não consegue controlar o monopólio que é natural do Estado, como vai controlar abrindo espaço para a concorrência? A mesma coisa na venda das refinarias. Tá errado. Nós precisamos falar e nos expressarmos para denunciar a venda da Petrobras", advertiu.
No Congresso, há uma certa apreensão de parlamentares de todo o espectro político – da direita à esquerda, passando pelo centro e centro-direita – sobre o fato de que a entrega do patrimônio público brasileiro não é bom para o Brasil. "Estão colocando o Brasil de joelhos diante de interesses estrangeiros", denunciou Guilherme Estrela, ex-diretor da companhia e um dos responsáveis pelos estudos que resultaram na descoberta do pré-sal.
O embate que acontece nesta quarta-feira no STF ocorre no momento em que o governo tenta acelerar as privatizações. Na segunda-feira, a Petrobras colocou à venda 27 campos terrestres da companhia no Espírito Santo. Na semana passada, a companhia aprovou a "venda adicional de participação na BR Distribuidora". A BR é provavelmente o ativo mais importante da estatal brasileira.
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Brasília - O senador Jean Paul Prates (PT-RN) denunciou o governo Bolsonaro ao participar, nesta quarta-feira, 29, do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras. Ele fez críticas ao programa de privatização da rede de gasodutos da Petrobras no Nordeste e das refinarias da empresa. "Estamos vivendo uma situação inusitada. Diretores da empresa atuam contra a empresa, contra os interesses do país", criticou o parlamentar, escolhido vice-presidente da frente, que conta com 210 deputados e 42 senadores.
O deputado federal Nelson Pelegrino (PT-BA), presidente da frente, reforçou as críticas. Ele avalia que as privatizações de subsidiárias da Petrobras são um crime de lesa pátria, porque afrontam a soberania nacional e os interesses do país. Amanhã, o Supremo Tribunal Federal vai julgar a liminar concedida pelo ministro Edson Fachin, que suspendeu a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), e paralisou o processo de venda de oito refinarias da Petrobras.
No ato, Jean Paul disse ainda que a frente tem grandes desafios para convencer a opinião pública que a venda de ativos da Petrobras são um mau negócio para o país. "Parar uma refinaria para abrir espaço para concorrência e abrir mão de uma rede de gasodutos principal do Nordeste não faz sentido do ponto de vista econômico", denunciou. O lançamento da frente contou com a presença de personalidades políticas e representantes da sociedade civil.
O senador questionou a venda da TAG, alertando que o argumento de que a Petrobras está impedindo a expansão do mercado de gás é pueril. "O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai baixar o preço do gás quebrando o monopólio. Ora, se não consegue controlar o monopólio que é natural do Estado, como vai controlar abrindo espaço para a concorrência? A mesma coisa na venda das refinarias. Tá errado. Nós precisamos falar e nos expressarmos para denunciar a venda da Petrobras", advertiu.
No Congresso, há uma certa apreensão de parlamentares de todo o espectro político – da direita à esquerda, passando pelo centro e centro-direita – sobre o fato de que a entrega do patrimônio público brasileiro não é bom para o Brasil. "Estão colocando o Brasil de joelhos diante de interesses estrangeiros", denunciou Guilherme Estrela, ex-diretor da companhia e um dos responsáveis pelos estudos que resultaram na descoberta do pré-sal.
O embate que acontece nesta quarta-feira no STF ocorre no momento em que o governo tenta acelerar as privatizações. Na segunda-feira, a Petrobras colocou à venda 27 campos terrestres da companhia no Espírito Santo. Na semana passada, a companhia aprovou a "venda adicional de participação na BR Distribuidora". A BR é provavelmente o ativo mais importante da estatal brasileira.