array(31) {
["id"]=>
int(121977)
["title"]=>
string(57) "Fracasso de Alcolumbre para reeleição pode rachar o MDB"
["content"]=>
string(5392) "BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Eventual fracasso na tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de viabilizar sua candidatura à reeleição pode resultar em um efeito colateral em outra legenda, o MDB. O partido, o maior da Casa, já tem três integrantes cotados para a vaga e corre o risco de uma conflagração interna a exemplo do que viveu em outras ocasiões.
Eduardo Braga (AM), que é líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, tendem a disputar a vaga, caso Alcolumbre não se viabilize.
Márcio Bittar (AC), que é relator da proposta orçamentária e da PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, chegou a ser cotado para a disputa pela sua proximidade com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele, contudo, nega que esteja em busca de voto.
"Se o Davi [Alcolumbre] não puder ser candidato, vai abrir uma discussão forte na bancada do MDB. Hoje, eu vejo mais motivação no Eduardo Gomes e no [Eduardo] Braga para a disputa, mas se colocar a Simone [Tebet] piora a conta para mim e para outros também, que teremos de escolher", diz Bittar.
Eduardo Braga reforça que a única forma de o MDB não partir para a disputa pelo cargo é a manutenção de Alcolumbre no pleito interno.
"Obviamente que, não tendo o Davi, o MDB tem todo o direito de postular nomes para a disputa. É claro que ninguém é candidato de si próprio, mas nome é o que não falta ao MDB", afirma.
Simone Tebet e Eduardo Gomes não quiseram se manifestar. Na última disputa, em 2019, o MDB rachou entre as candidaturas de Tebet e de Renan Calheiros (AL), que acabou levando a melhor, internamente, mas foi derrotado por Alcolumbre.
A Constituição veda reeleições na mesma legislatura, como é o caso agora, mas o presidente do Senado e seus aliados tentam emplacar no Supremo Tribunal Federal outra interpretação, além de não descartarem a saída mais difícil de tentar aprovar uma emenda constitucional.
Ao longo dos últimos meses, Alcolumbre tenta se firmar como a opção de Bolsonaro para se manter por mais dois anos à frente da Casa –seu mandato vence em janeiro. Ele tem falado constantemente com ministros do STF, ex-presidentes da corte e ex-presidentes da República.
A advocacia do Senado já defendeu no STF que os presidentes da Casa e também da Câmara dos Deputados podem ser reeleitos. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no comando da Câmara já por três mandatos consecutivos, diz não ser candidato, mas parlamentares afirmam, nos bastidores, que ele concorrerá caso a Justiça dê sinal verde.
A manifestação do órgão do Senado foi feita numa ação em que o PTB questiona o tema no Supremo.
Já a opção de aprovar uma PEC teria que superar o pouco tempo, já que a eleição é em fevereiro, e a oposição de partidos que almejam não só a cadeira de Alcolumbre, mas a de Maia. Para que a Constituição seja emendada é preciso do voto de pelo menos 60% dos deputados federais e dos senadores, em dois turnos de votação em cada Casa.
A PEC já foi protocolada pela senadora Rose de Freitas (sem partido-ES). A proposta recebeu o apoio de 29 outros senadores, três a mais do que o necessário para que comece a tramitar. Entre os que assinaram estão os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e no Congresso.
A atitude da senadora na busca de assinaturas resultou em uma reação imediata do Podemos, partido que ela integrava, e que chegou a abrir um processo de expulsão da parlamentar.
A legenda é contra a reeleição na Casa. Diante da reação, Rose de Freitas pediu sua desfiliação do partido, e agora é cobiçada por legendas como o PSDB e, inclusive, o MDB.
A PEC que permite a reeleição é polêmica não só entre os parlamentares e tem gerado mobilizações externas. A consulta pública que estava aberta na página do Senado na internet foi retirada do ar na sexta-feira (11), após ser alvo de uma série de críticas.
Movimentos sociais como o Vem para a Rua usaram redes sociais para pedir que seus seguidores votassem contra a tramitação da proposta.
Diante da reação, a página do Senado retirou a consulta, e publicou uma mensagem dizendo que a ferramenta que permite o público votar está "em manutenção".
"
["author"]=>
string(10) "FolhaPress"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(569997)
["filename"]=>
string(12) "kolumbre.jpg"
["size"]=>
string(5) "66079"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(8) " © null"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(301) "Eduardo Braga (AM), que é líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, tendem a disputar a vaga, caso Alcolumbre não se viabilize
"
["author_slug"]=>
string(10) "folhapress"
["views"]=>
int(72)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(55) "fracasso-de-alcolumbre-para-reeleicao-pode-rachar-o-mdb"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-09-13 13:03:57.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-09-13 13:03:57.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-09-13T13:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(18) "posts/kolumbre.jpg"
}
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Eventual fracasso na tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de viabilizar sua candidatura à reeleição pode resultar em um efeito colateral em outra legenda, o MDB. O partido, o maior da Casa, já tem três integrantes cotados para a vaga e corre o risco de uma conflagração interna a exemplo do que viveu em outras ocasiões.
Eduardo Braga (AM), que é líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, tendem a disputar a vaga, caso Alcolumbre não se viabilize.
Márcio Bittar (AC), que é relator da proposta orçamentária e da PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, chegou a ser cotado para a disputa pela sua proximidade com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele, contudo, nega que esteja em busca de voto.
"Se o Davi [Alcolumbre] não puder ser candidato, vai abrir uma discussão forte na bancada do MDB. Hoje, eu vejo mais motivação no Eduardo Gomes e no [Eduardo] Braga para a disputa, mas se colocar a Simone [Tebet] piora a conta para mim e para outros também, que teremos de escolher", diz Bittar.
Eduardo Braga reforça que a única forma de o MDB não partir para a disputa pelo cargo é a manutenção de Alcolumbre no pleito interno.
"Obviamente que, não tendo o Davi, o MDB tem todo o direito de postular nomes para a disputa. É claro que ninguém é candidato de si próprio, mas nome é o que não falta ao MDB", afirma.
Simone Tebet e Eduardo Gomes não quiseram se manifestar. Na última disputa, em 2019, o MDB rachou entre as candidaturas de Tebet e de Renan Calheiros (AL), que acabou levando a melhor, internamente, mas foi derrotado por Alcolumbre.
A Constituição veda reeleições na mesma legislatura, como é o caso agora, mas o presidente do Senado e seus aliados tentam emplacar no Supremo Tribunal Federal outra interpretação, além de não descartarem a saída mais difícil de tentar aprovar uma emenda constitucional.
Ao longo dos últimos meses, Alcolumbre tenta se firmar como a opção de Bolsonaro para se manter por mais dois anos à frente da Casa –seu mandato vence em janeiro. Ele tem falado constantemente com ministros do STF, ex-presidentes da corte e ex-presidentes da República.
A advocacia do Senado já defendeu no STF que os presidentes da Casa e também da Câmara dos Deputados podem ser reeleitos. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no comando da Câmara já por três mandatos consecutivos, diz não ser candidato, mas parlamentares afirmam, nos bastidores, que ele concorrerá caso a Justiça dê sinal verde.
A manifestação do órgão do Senado foi feita numa ação em que o PTB questiona o tema no Supremo.
Já a opção de aprovar uma PEC teria que superar o pouco tempo, já que a eleição é em fevereiro, e a oposição de partidos que almejam não só a cadeira de Alcolumbre, mas a de Maia. Para que a Constituição seja emendada é preciso do voto de pelo menos 60% dos deputados federais e dos senadores, em dois turnos de votação em cada Casa.
A PEC já foi protocolada pela senadora Rose de Freitas (sem partido-ES). A proposta recebeu o apoio de 29 outros senadores, três a mais do que o necessário para que comece a tramitar. Entre os que assinaram estão os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e no Congresso.
A atitude da senadora na busca de assinaturas resultou em uma reação imediata do Podemos, partido que ela integrava, e que chegou a abrir um processo de expulsão da parlamentar.
A legenda é contra a reeleição na Casa. Diante da reação, Rose de Freitas pediu sua desfiliação do partido, e agora é cobiçada por legendas como o PSDB e, inclusive, o MDB.
A PEC que permite a reeleição é polêmica não só entre os parlamentares e tem gerado mobilizações externas. A consulta pública que estava aberta na página do Senado na internet foi retirada do ar na sexta-feira (11), após ser alvo de uma série de críticas.
Movimentos sociais como o Vem para a Rua usaram redes sociais para pedir que seus seguidores votassem contra a tramitação da proposta.
Diante da reação, a página do Senado retirou a consulta, e publicou uma mensagem dizendo que a ferramenta que permite o público votar está "em manutenção".