O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) no inquérito das fake news. O titular da pasta negou que a iniciativa seja consequência de problemas pessoais com o parlamentar. "Jamais", afirmou Dino a jornalistas em Brasília (DF).

"Ele, em algumas entrevistas, repetiu o disparate de que minha ida ao Complexo da Maré teria derivado de um acordo com o crime organizado. Eu tenho biografia, tenho respeitabilidade profissional, Ficha Limpa e, portanto, eu não aceito que ninguém invente ou propague calúnia dessa dimensão", acrescentou.

 Em uma entrevista, Dallagnol afirmou: "nós vimos no passado um áudio de integrante do PCC dizendo que com o PT, com o governo do PT, tinha conversa, mas com o Moro não tinha conversa". "Com esse Moro não dava para conversar. E a gente tem evidência concretas disso agora, essa semana. O ministro da Justiça entrando na favela da Maré".

Em outro trecho indicado por Dino na petição, o parlamentar declarou que "o que o ministro da Justiça fez é impossível fazer sem um acordo com o crime organizado. Nós temos um governo e um ministro da Justiça que fazem acordo com o crime organizado. Isso é inadmissível".

A visita de Flávio Dino ao complexo de favelas na Zona Norte do Rio ocorreu em 13 de março, quando foi lançado o boletim "Direito à segurança pública na Maré".