Deputado Eduardo Bolsonaro foi denunciado em abril pela PGR por troca de mensagens com a jornalista Patrícia Lélis. Ela ficou conhecida em outro caso, envolvendo o deputado e pastor Marcos Feliciano, quando virou ré por falsa comunicação de crime




O deputado federal Edaurdo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, e reeleito este ano com a maior votação da história da Câmara, foi notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira para responder à denúncia de ameaça de uma jornalista.

Patrícia Lélis, que também foi candidata este ano ao cargo de deputada federal, pelo PROS, mas não foi eleita, ficou conhecida por acusar, em 2016, o deputado e pastor Marcos Feliciano de estupro, quando virou ré por falsa comunicação de crime. Desa vez, ela acusou Eduardo Bolsonaro de ter ameaçado ela de morte por meio de um aplicativo de celular. Na versão dela, a desavença começou quando ela revelou o relacionamento que eles tiveram quando ela trabalhava no antigo partido do deputado, o PSC (Partido Social Cristão).

"Foram 3 anos e 8 meses em um relacionamento abusivo. Eu estou percebendo que tudo na vida evolui, menos você", escreveu a jornalista em uma rede social. Eduardo chegou a gravar um vídeo negando o relacionamento. Em seguida, a jornalista publicou fotos da conversa que teria tido com o deputado por meio de um aplicativo, onde ele a ameaça de morte.

Em abril deste ano, Eduardo Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR). O crime apontado pela procuradora-geral Raquel Dodge foi o de ameaça por palavra ou gesto, que prevê prisão de um a seis meses – considerado um crime de menor potencial ofensivo.

A notificação do STF foi assinada por Eduardo Bolsonaro na terça-feira e ele terá 15 dias – até 14 de novembro – para responder.