Brasil247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) negou que tenha declarado apoio a Fernando Haddad, o candidato da frente democrática nas eleições de 2018, conforme notificou o site Catraca Livre, do jornalista Gilberto Dimenstein. "As redes divulgam que apoiarei Haddad. Mentira: nem o PT nem Bolsonaro explicitaram compromisso com o que creio. Por que haveria de me pronunciar sobre candidaturas que ou são contra ou não se definem sobre temas que prezo para o país e o povo?", postou no Twitter.
O site havia publicado a seguinte declaração de Fernando Henrique Cardoso: "Entre Haddad e Bolsonaro, não há saída. Vou de Haddad". A matéria disse que seria "um apoio com restrições, já que o ex-presidente tem ressalvas profundas sobre a política econômica e relações exteriores do PT".
"FHC diz que não gostaria de ver da volta do PT ao Planalto, por considerar que o partido não defende o que considera as reformas necessárias para o país – especialmente a da Previdência. Considera, ainda, que o PT não tem uma visão econômica "correta" sobre como devolver o crescimento ao país, já que defende uma presença forte do Estado. Mesmo assim, o tucano considera que Bolsonaro seria uma opção pior, uma "ameaça" à democracia. FHC suspeita que, com o deputado, haverá um risco autoritário permanente e crise institucional, devido à sua fragilidade de apoios no Congresso", diz a reportagem.
Depois da negativa de FHC, o texto do Catraca Livre foi alterado, dizendo que o ex-presidente teria feito a revelação "a amigos", mas que, publicamente, "decidiu ainda não manifestar seu apoio". "Afirma que não votará em Bolsonaro. Mas, no segundo turno, vai anular seu voto", diz o texto.
Em setembro, o mesmo site antecipou um apoio de FHC ao movimento "Ele não", contra Bolsonaro. No dia seguinte, o ex-presidente publicou uma longa carta aos eleitores apelando por uma união contra o que chamou de "candidatos extremistas" (relembre aqui). Com a adesão de peso de Fernando Henrique, começa a se formar a frente democrática contra o candidato do fascismo, que disputará contra Haddad no segundo turno das eleições.