A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) decidiu suspender a divulgação do manifesto pela “harmonia dos Três Poderes” por conta própria.

Em nota, a entidade explica que a Fiesp assumiu a responsabilidade de coletar assinaturas e publicar em veículos da imprensa o documento que recebeu o apoio de mais de 200 entidades. A federação dos bancos "confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou" (leia a íntegra da nota abaixo). 

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, ameaçou contra o manifesto. 

Ele ligou para presidentes de pelo menos duas instituições financeiras e sugeriu que eles poderiam ser excluídos de negócios com o governo – como mandatos para representação ofertas de títulos e ações de empresas públicas na Bolsa de Valores – caso assinassem o documento.

Leia a íntegra da nota da Febraban:

A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto. 

A FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto. 

Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto. 
 
A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.