A família do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) intensificou seus esforços junto ao Exército para que membros da instituição intervenham perante o Judiciário, com o objetivo de obter a liberdade do militar. O principal alvo dessas incursões é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, quem lidera as negociações é o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-braço direito de Bolsonaro, que se encontra detido desde maio.

“O general da reserva se mudou para Brasília e capitaliza as conversas com militares de alta patente e interlocutores do governo Lula com acesso ao ministro do Supremo. O desejo de Mauro Cesar Lourena Cid é tentar a soltura do filho ainda no mês de julho”, destaca a reportagem. 

Durante as conversas, o pai do ex-ajudante de ordens menciona os empréstimos realizados para custear as despesas da defesa de seu filho e a situação emocional da família. Além disso, argumenta que Cid não representa uma ameaça para as investigações e, assim como o ex-ministro Anderson Torres, poderia ser libertado mediante medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. 

“Membros da cúpula das Forças e da reserva enviaram recados a Moraes de que uma eventual soltura de Cid ajudaria a distensionar o clima entre militares com o governo e o Judiciário. A investida também vem sendo feita junto a magistrados do STF próximos a Moraes. É ele o responsável pelo inquérito que levou Cid para atrás das grades”, destaca a reportagem.