CAFÉ COM POLÍTICA

Pré-candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte, em uma chapa encabeçado por Gabriel Azevedo (MDB), Paulo Brant (PSB), que já foi vice-governador no primeiro mandato de Romeu Zema (Novo), afirmou que o governador é “medíocre” e que o Novo tem flertado com radicalismos ideológicos. Brant garantiu que possui boa relação com muitas pessoas do partido, mas que sentiu um distanciamento com a legenda e, por isso, decidiu retirar seu apoio ao governo de Zema para o segundo mandato. 

“No primeiro ano do governo Zema, eu participei intensamente do núcleo do governo e não me arrependo disso. Acho que o Novo tinha ideias interessantes, mas se perdeu no dogmatismo, numa visão preconceituosa da política. Eu acho que o Novo está se posicionando em um espectro ideológico na extrema-direita, no sentido de que para a maioria das pessoas do Novo, eles entendem que o governo não é tão importante”, disse. 

Apesar de se autointitular um liberal e afirmar que acredita que o setor privado é essencial para o desenvolvimento da sociedade, Brant destacou que não concorda com a postura de Zema de murchar o tamanho do Estado: “Eu acredito no setor privado e no empreendedorismo. Acredito que quem faz a vida da sociedade são as pessoas, mas é preciso um governo que tenha um projeto transformador. Não há nada pior para o setor privado que um governo sem rumo”, afirmou.

Questionado sobre sua avaliação do governo de Romeu Zema, Brant  disse que o governador é “medíocre no sentido literal do termo”: “É pouco ousado. Eficiência é um conceito medíocre, o conceito real é eficácia. O governo de Minas faz o dever de casa de maneira medíocre”.