EM SÃO PAULO


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em discurso que está sendo realizado na manhã desta quarta-feira (10) no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que o sofrimento que a população brasileira enfrenta hoje é bem maior do que o que ele sofreu ao ficar preso após condenações agora anuladas da Lava Jato. Lula afirmou que sofreu menos do que esperava na cadeia e exaltou a vigília que era realizada na frente da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ficou detido. Nos primeiros momentos de seu discurso, Lula enfatizou as dificuldades econômicas vividas no país atualmente e fez diversas críticas a Bolsonaro e afirmou que "esse país não tem governo".

"O sofrimento que o povo brasileiro está passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando nesse país é infinitamente maior que qualquer crime 


que cometeram contra mim. É maior do que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal. Não tem dor maior para um homem ou mulher do que levantar d emanhã e nao ter certeza de ter um café com um pãozinho com manteiga pra tomar pela manhã", disse.

Lula fez acenos a um eleitorado familiar ao presidente, nas Forças Armadas e polícias, ao criticar a política de ampliar o acesso a armas na população.

"Quem está precisando de armas são as nossas Forças Armadas. É a nossa polícia, que muitas vezes sai pra rua para combater a violencia com um 38 velho enferrujado", disse.

Lula também tentou diferenciar-se de Bolsonaro ao criticar políticas do governo quanto à pandemia e pediu que a população não siga nenhuma decisão que vier do presidente nesse aspecto.

"Tomem vacina pq é uma coisa que pode livrar você do Covid. Mas, mesmo tomando vacina, não ache que já pode tirar camisa, ir pro buteco, pedir uma  cerveja gelada. Você precisa continuar fazendo o isolamento e utilizando  máscara e utilizando álcool gel. Pelo amor de Deus. Esse vírus, essa noite matou quase duas mil pessoas", afirmou, dizendo que as mortes estão sendo naturalizadas.