Entre os mais votados, novatos da Câmara de BH podem se candidatar a deputado federal

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Entre os mais votados nas eleições de 2024 em Belo Horizonte, os vereadores Pablo Almeida (PL) e Pedro Rousseff (PT) podem alçar voos mais altos e concorrerem a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Os parlamentares, que são novatos na política e foram eleitos pela primeira vez no último pleito, são bem quistos pelos partidos devido à ampla votação e podem ser catapultados para compor a chapa de candidatos a deputado federal.
Afilhado político de Nikolas Ferreira (PL) e ex-assessor do parlamentar, Almeida é visto pelo PL como um possível nome para a chapa das eleições do próximo ano, de acordo com o presidente estadual da sigla, deputado federal Domingos Sávio. O vereador foi o mais votado da história da capital mineira, com 39.960 votos. Se a candidatura for confirmada, o parlamentar repetiria o caminho percorrido pelo padrinho político, que também foi candidato para a Câmara Municipal de Belo Horizonte e, em seguida, eleito deputado federal.
Questionado pela reportagem, Pablo Almeida diz que faz parte de um grupo político capitaneado por Nikolas Ferreira, que será seu candidato para deputado federal em 2026. Contudo, ele ressalta que se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que derruba a idade para candidatos ao Senado for aprovada e Nikolas vier a ser candidato ao cargo, ele poderia, sim, concorrer à Câmara dos Deputados. “É uma construção que poderá ser feita”, diz.
Já Pedro Rousseff, que foi o sexto vereador mais bem votado na cidade, e o mais bem votado pelo PT nas últimas eleições, com 17.108 sufrágios, começou a se mobilizar para se tornar mais conhecido já de olho em 2026, com viagens frequentes ao interior de Minas e a Brasília. Ele também é tido pela legenda como um potencial candidato, segundo o presidente estadual do PT em Minas, Cristiano Silveira.
O parlamentar não nega que essas visitas sejam uma forma de amplificar seu nome no Estado, mas diz que quer fazer “um bom mandato” como vereador da capital. Apesar disso, ele não descarta concorrer a cargo nenhum. “Acabei de assumir como vereador, e o que vai ditar nossos próximos passos são as pessoas que votaram em mim”, diz.
Partidos já preparam chapas para 2026
Mesmo a mais de um ano das próximas eleições, partidos políticos em Minas Gerais já começam a desenhar as chapas que devem concorrer aos cargos legislativos – deputado estadual, deputado federal e senador – no próximo pleito, em 2026.
Um dos partidos que já começou a rascunhar a chapa é o PL, que pretende, inclusive, eleger as maiores bancadas de deputados estaduais e federais de Minas Gerais, com ao menos 15 parlamentares em cada uma das Casas, segundo o presidente estadual da sigla, deputado federal Domingos Sávio.
Hoje, o PL tem onze deputados federais mineiros e onze deputados estaduais. Sávio afirma que uma das metas de sua nova gestão à frente do partido, que foi renovada neste mês para mais um biênio, é se reunir com os atuais deputados estaduais e federais para que, além de relançar os nomes, possam ser agregadas novas lideranças surgidas no pleito de 2024.
“Nós pretendemos manter os nossos deputados federais e trazer para a chapa outros nomes. Mas quem vai decidir isso é a bancada em conjunto. Vamos compartilhar essa decisão. Temos em várias cidades vereadores que estão entre os mais votados, como foi o caso do Pablo (Almeida) em Belo Horizonte, mas também em cidades polo do Estado, que foram eleitos com votação muito expressiva e são candidatos em potencial”, define Sávio.
O PT, por sua vez, também pretende relançar a atual bancada, além de agregar novas lideranças e suplentes deixados fora dos cargos nas últimas eleições para ocupar a chapa. De acordo com o atual presidente da sigla, deputado estadual Cristiano Silveira, a meta é tentar ampliar o número de deputados estaduais e federais eleitos em 2026. 
“Sabemos que o número que elegemos na última eleição foi muito expressivo, fizemos a maior bancada dos deputados estaduais eleitos por Minas e também a maior bancada de federais eleitos pelo Estado. Ou seja, já temos um paradigma elevado”, defende. 
Silveira ressalta, contudo, que as discussões em torno da formação da chapa estão em suspenso devido à eleição interna do partido, que acontece em julho. Com o pleito, que escolherá a nova direção da legenda, as conversas serão acentuadas.
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