O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que não se encontrou com Ciro Gomes para tratar sobre sua eventual filiação ao partido. Em mensagem enviada ao PlatôBR, o dirigente tucano disse que o tema ainda não está em discussão: “A gente não marcou nenhuma conversa com o Ciro ainda”, afirmou.

Nos bastidores, representantes do partido trabalham para que o ex-ministro entre para a legenda com o objetivo de disputar o governo do Ceará em 2026. A movimentação é estimulada por aliados do ex-senador Tasso Jereissati e mira, além da disputa majoritária, o fortalecimento da chapa proporcional do PSDB no estado.

Segundo uma fonte da cúpula tucana, Ciro seria um nome competitivo no Ceará, especialmente após o rompimento com o PT e com o irmão, o senador Cid Gomes (PSB). O cálculo é que uma candidatura ao governo ajudaria a turbinar as bancadas tucanas na Câmara, na Assembleia Legislativa e nas câmaras municipais.

Para integrantes do partido, a proposta colocada a Ciro diz respeito exclusivamente ao cenário cearense, sem cogitação de entrada na eleição presidencial. Qualquer tipo de projeto nacional exigiria consultas internas mais amplas e não teria, neste momento, o mesmo grau de consenso.

Se o plano for colocado em prática, Ciro será governador pela segunda vez. Entre 1991 e 1994, ele esteve à frente do executivo estadual. Na época, era filiado, exatamente ao PSDB. Quando foi ministro da Fazenda, durante o governo Itamar Franco, ele ainda integrava a sigla.