Mandatário afirma que há um movimento para apeá-lo da presidência da República e afirmou que só "ganha a guerra" quem tem informação. O chefe do Executivo disse ainda que pretende agir "dentro das quatro linhas da Constituição"
 
O presidente Jair Bolsonaro repetiu críticas ao lockdown adotado por governadores e prefeitos na tentativa de conter o aumento dos casos de covid-19 no país. Em indireta, chamando a população para as ruas, o mandatário afirmou que sabe "onde está o câncer do Brasil" e que só "ganha a guerra" quem tem informação.


"Estamos com uma tempestade quase perfeita pela frente. Talvez seja isso que alguns governadores queiram. Pela economia, atingir o governo. A briga desses não é derrotar o vírus; é tentar derrubar o presidente. E eu quero saber o que que vai esperar, o que esse futuro governante pode esperar do Brasil, caso ele ganhe as eleições no futuro com esse tipo de política de terra arrasada que estão fazendo no Brasil. Lamento muito pelo futuro do nosso Brasil", continuou.

O chefe do Executivo afirmou, em tom velado, que sabe o que tem que fazer, e enviou um recado ao eleitorado. "E o que que eu posso fazer? A gente só ganha a guerra, pessoal, se tiver informações. Se o povo tiver bem informado, tiver consciência do que está acontecendo, a gente ganha essa guerra. Alguns querem que a gente seja imediatista. Eu sei o que tem que fazer. Dentro das quatro linhas da Constituição. Se o povo, cada vez mais, se inteirar, se informar, cutucar seu vizinho, mostrar para ele o futuro do nosso Brasil, a gente ganha essa guerra. Eu sei onde está o câncer do Brasil, nós temos como ganhar essa guerra. Se esse câncer for curado, o corpo volta à normalidade", completou.

"Estamos entendidos? Se alguém acha que eu tenho que ser mais explícito, lamento", encerrou Bolsonaro.