O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais nesta quarta-feira (25/8) para se defender contra investigações da Polícia Federal sobre seu possível envolvimento com o ex-estrategista do governo Donald Trump, Steve Bannon, em um esquema de mílicia digital. Sem citar nomes, o filho '03' do presidente da Jair Bolsonaro (sem partido) disse que 'querem construir uma narrativa para mais adiante justificar medidas judiciais' contra ele.

“Não sabia que questionar urnas eletrônicas e contagem secreta dos votos era crime. Está claro que querem construir uma narrativa para mais adiante justificar medidas judiciais contra mim. Isso tem nome: perseguição. Esta sim orquestrada por uma milícia que envolve mídia e poderes”, escreveu Eduardo.
 
Segundo reportagem do Estadão, citada pelo parlamentar na publicação, a Polícia Federal tem monitorado as consequências das investidas de Steve Bannon, estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a democracia brasileira. A ação ocorre após a corporação relatar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que bolsonaristas estão usando métodos de desinformação na internet aplicados pelo político norte-americano.

Eduardo seria o principal interlocutor da família Bolsonaro com Bannon. No dia 12 de agosto, o estrategista esteve acompanhado do empresário Mike Lindell, outro aliado em campanhas de fake news. Na ocasião, ele orientou o Eduardo Bolsonaro durante um evento em Dakota do Sul, nos EUA.

Segundo o jornal, o deputado fez ataques e disseminou informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Eduardo também disse que a Justiça inventou uma suspeita contra o pai, Jair Bolsonaro, em razão de fake news na live que apontaria fraude nas eleições de 2018, porém, não houve apresentação de provas. 

Em agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a investigação contra o presidente da República por causa das acusações sem provas de fraude feitas contra o sistema eleitoral, o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A investigação foi solicitada pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira