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string(7552) "SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aliados do governador João Doria (PSDB-SP) sinalizaram que ele aceitará disputar prévias para decidir o candidato a presidente do partido sob quaisquer regras, desde que não haja risco de protelação da decisão.
Como um gesto por parte da direção tucana, está sendo cozida uma fórmula intermediária sobre o peso que filiados terão nas prévias.
Com isso, na prática a campanha eleitoral dos tucanos para 2022 começa nesta terça (15), caso o acerto previsto prevaleça e a consulta seja mantida para 21 de novembro.
Se fossem hoje, as prévias contariam com Doria, o senador Tasso Jereissati (CE), o governador Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito manauara Arthur Virgílio.
Havia uma divergência acerca das regras. O grupo de Doria queria um modelo em que os filiados tivessem o mesmo peso que aqueles com mandato na hora de votar.
Teoricamente, isso lhe daria vantagem, dado que São Paulo tem 22% dos 1,36 milhão de tucanos do país.
Dirigentes do partido lembram que, na realidade, o número de filiados em situação regular é menos da metade disso, e que nas prévias para se lançar candidato ao governo em 2018 apenas 15 mil dos 310 mil aptos se manifestaram.
Seja como for, o episódio foi utilizado pelos adversários internos de Doria acusá-lo de querer tratorar o processo.
Na semana passada, a direção do partido aprovou então prévias nas quais o peso do voto dos filiados é menor, 25%.
O grupo de Doria trabalhou para elevar isso a 50%, e conhecedores da sigla acreditam numa solução intermediária.
Líderes tucanos sugeriram nesta segunda que Doria havia aceitado um índice de 40%, o que seria um gesto dos concorrentes e da direção.
Para Virgílio, que havia sido designado para lidar com a questão entre os candidatos a postulantes, Doria faria "um grande gesto" ao ceder. "Isso o engrandeceria muito perante o partido."
Já Tasso e Leite seguem na defesa de que cada grupo tenha peso de 25%.
Mas o recado principal já havias sido dado pelo grupo do governador a interlocutores nos últimos dias: a prioridade seria evitar um adiamento das prévias para 2022.
O risco foi farejado quando a questão do peso dos filiados ganhou corpo.
Para o grupo de Doria, o caso estava sendo usado pelos aliados do deputado Aécio Neves (MG) para melar o processo.
O mineiro, que quase foi eleito presidente em 2014, é defensor da tese segundo a qual o PSDB pode não ter candidatura própria.
Para seu grupo, isso significa a sobrevivência do partido. Para o de Doria, a transformação do PSDB num partido do centrão, movido a interesses pontuais.
Segundo pessoas ligadas à organização das prévias, a possibilidade de adiamento delas está afastada de vez, apesar de ter sido cogitado.
Com isso, um processo coalhado de tintas de burocracia interna partidária se tornou fulcral para o tucanato.
Mesmo que as regras permaneçam como foram definidas, aliados e adversários de Doria calculam que ele sai com algo entre 35% e 40% dos votos possíveis.
Restaria então batalhar pelos 51% necessários para ser o candidato, e para isso o time do governador conta com dois trunfos e um obstáculo.
O primeiro e maior ativo é a vacina. Doria se notabilizou, desde o começo da pandemia da Covid-19, por estar na trincheira contrária do presidente Jair Bolsonaro.
Procurou desde o começo uma vacina e a trouxe. Sem ela à mão em dezembro e sem o plano de Doria de começar a vacinar de qualquer forma, dificilmente o governo Bolsonaro teria se mexido.
A manutenção do tema pandemia nas prioridades de 2022 é ainda, contudo, incógnita.
Outro ponto favorável a Doria é a economia, que está em melhor forma em São Paulo, que deve crescer 6% este ano, ante talvez 4% do país.
Para traduzir isso em emprego e renda mais rapidamente há programas sendo aplicados, e a equipe do governo crê que os resultados serão mais rápidos do que no país como um todo.
O óbice a ser contornado é a imagem de Doria, vista como excessivamente paulista e elitista pelas pesquisas qualitativas do próprio tucanato.
A isso se soma a percepção de um político avesso aos códigos da política e com pouco traquejo em Brasília, corrente entre líderes de partidos potencialmente aliados.
Entusiastas da candidatura do tucano creem, contudo, que tudo isso é superável uma vez que o barco estiver no mar.
O mais importante, dizem, é consolidar a noção de que há uma alternativa para aqueles que não querem votar em Bolsonaro ou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por ora, essa dicotomia é vista como pétrea entre partidos centristas e do centrão, que miram ambos os candidatos.
Há a possibilidade do crescimento de algum nome menos conhecido, como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que vem sendo propalado por Gilberto Kassab, do PSD.
Do lado dos rivais de Doria, a situação é menos estruturada.
O gaúcho Leite se declarou interessado na disputa, sendo incentivado pelo grupo de Aécio, que alimenta rixa figadal mútua com Doria.
Mas é visto como um nome menos denso do que o do paulista, mesmo pelos que o consideram promissor.
Tasso entrou na conversa animado pela CPI da Covid e pela anedótica busca por um "Joe Biden brasileiro". A velha guarda tucana até considera seu pleito sério, mas não o vê como um candidato de fôlego nacional a essa altura.
Por fim, Virgílio é tido no partido como um franco-atirador, que já sinalizou que prefere apoiar o cearense.
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Como um gesto por parte da direção tucana, está sendo cozida uma fórmula intermediária sobre o peso que filiados terão nas prévias.
Com isso, na prática a campanha eleitoral dos tucanos para 2022 começa nesta terça (15), caso o acerto previsto prevaleça e a consulta seja mantida para 21 de novembro.
Se fossem hoje, as prévias contariam com Doria, o senador Tasso Jereissati (CE), o governador Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito manauara Arthur Virgílio.
Havia uma divergência acerca das regras. O grupo de Doria queria um modelo em que os filiados tivessem o mesmo peso que aqueles com mandato na hora de votar.
Teoricamente, isso lhe daria vantagem, dado que São Paulo tem 22% dos 1,36 milhão de tucanos do país.
Dirigentes do partido lembram que, na realidade, o número de filiados em situação regular é menos da metade disso, e que nas prévias para se lançar candidato ao governo em 2018 apenas 15 mil dos 310 mil aptos se manifestaram.
Seja como for, o episódio foi utilizado pelos adversários internos de Doria acusá-lo de querer tratorar o processo.
Na semana passada, a direção do partido aprovou então prévias nas quais o peso do voto dos filiados é menor, 25%.
O grupo de Doria trabalhou para elevar isso a 50%, e conhecedores da sigla acreditam numa solução intermediária.
Líderes tucanos sugeriram nesta segunda que Doria havia aceitado um índice de 40%, o que seria um gesto dos concorrentes e da direção.
Para Virgílio, que havia sido designado para lidar com a questão entre os candidatos a postulantes, Doria faria "um grande gesto" ao ceder. "Isso o engrandeceria muito perante o partido."
Já Tasso e Leite seguem na defesa de que cada grupo tenha peso de 25%.
Mas o recado principal já havias sido dado pelo grupo do governador a interlocutores nos últimos dias: a prioridade seria evitar um adiamento das prévias para 2022.
O risco foi farejado quando a questão do peso dos filiados ganhou corpo.
Para o grupo de Doria, o caso estava sendo usado pelos aliados do deputado Aécio Neves (MG) para melar o processo.
O mineiro, que quase foi eleito presidente em 2014, é defensor da tese segundo a qual o PSDB pode não ter candidatura própria.
Para seu grupo, isso significa a sobrevivência do partido. Para o de Doria, a transformação do PSDB num partido do centrão, movido a interesses pontuais.
Segundo pessoas ligadas à organização das prévias, a possibilidade de adiamento delas está afastada de vez, apesar de ter sido cogitado.
Com isso, um processo coalhado de tintas de burocracia interna partidária se tornou fulcral para o tucanato.
Mesmo que as regras permaneçam como foram definidas, aliados e adversários de Doria calculam que ele sai com algo entre 35% e 40% dos votos possíveis.
Restaria então batalhar pelos 51% necessários para ser o candidato, e para isso o time do governador conta com dois trunfos e um obstáculo.
O primeiro e maior ativo é a vacina. Doria se notabilizou, desde o começo da pandemia da Covid-19, por estar na trincheira contrária do presidente Jair Bolsonaro.
Procurou desde o começo uma vacina e a trouxe. Sem ela à mão em dezembro e sem o plano de Doria de começar a vacinar de qualquer forma, dificilmente o governo Bolsonaro teria se mexido.
A manutenção do tema pandemia nas prioridades de 2022 é ainda, contudo, incógnita.
Outro ponto favorável a Doria é a economia, que está em melhor forma em São Paulo, que deve crescer 6% este ano, ante talvez 4% do país.
Para traduzir isso em emprego e renda mais rapidamente há programas sendo aplicados, e a equipe do governo crê que os resultados serão mais rápidos do que no país como um todo.
O óbice a ser contornado é a imagem de Doria, vista como excessivamente paulista e elitista pelas pesquisas qualitativas do próprio tucanato.
A isso se soma a percepção de um político avesso aos códigos da política e com pouco traquejo em Brasília, corrente entre líderes de partidos potencialmente aliados.
Entusiastas da candidatura do tucano creem, contudo, que tudo isso é superável uma vez que o barco estiver no mar.
O mais importante, dizem, é consolidar a noção de que há uma alternativa para aqueles que não querem votar em Bolsonaro ou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por ora, essa dicotomia é vista como pétrea entre partidos centristas e do centrão, que miram ambos os candidatos.
Há a possibilidade do crescimento de algum nome menos conhecido, como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que vem sendo propalado por Gilberto Kassab, do PSD.
Do lado dos rivais de Doria, a situação é menos estruturada.
O gaúcho Leite se declarou interessado na disputa, sendo incentivado pelo grupo de Aécio, que alimenta rixa figadal mútua com Doria.
Mas é visto como um nome menos denso do que o do paulista, mesmo pelos que o consideram promissor.
Tasso entrou na conversa animado pela CPI da Covid e pela anedótica busca por um "Joe Biden brasileiro". A velha guarda tucana até considera seu pleito sério, mas não o vê como um candidato de fôlego nacional a essa altura.
Por fim, Virgílio é tido no partido como um franco-atirador, que já sinalizou que prefere apoiar o cearense.