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Muito ruim está o clima em Divinópolis, próspera e rica cidade do oeste mineiro. Não se trata da temperatura, mas do clima político. Áudios vazados na internet mostram mensagens deixadas no whatsapp pelo prefeito Gleidson Azevedo e dirigidas a um empresário, Nicácio, com mensagens que, salvo melhor juízo, no mínimo reportam grosseira advocacia administrativa, tráfico de influência, favorecimento e promessas da omissão da Prefeitura onde, supostamente, fiscais e a lei deveriam estar.
Quatro áudios estão na praça; no primeiro, o prefeito pergunta “você já protocolou o negócio lá, para a gente começar esse trem lá amanhã?”
E o seguinte: “ô Nicácio, é vinte e quatro hora, o que cê precisá é na hora, meu fio. Pó ter certeza disso. Vai falando tudo que cê precisa aí que eu vô acelerano eles aqui”.
No terceiro, o prefeito insiste: “Nicácio, tô te ligando, tô com o Carmoge aqui, cê num atende nenhum de nóis dois aqui. Nóis é parceiro seu aí. Eu conversei com vocês aí e cês não começô a tirá as terra, gente. Eu já falei que pode tirar essa m do seu terreno, essa terraí. O trem tá no processo pra pô. Num vai tê multa, num vai tê fiscal pra encher o saco não gente. Eu vô tê que ligá pro Mário de novo?
E no último áudio, a despedida: “Querido, cês me largô mesmo, ein? Tô aqui garrado qui pro cê s fazê seiscentos andá aí e cês não me ajuda. Já pode ir nas rua lá pra começá calçá? E o nosso negócio lá da Goiás, os canteiro da Goiás, vai dá certo? Cês tem que me ajudá, meu fio.”.
Ressalvamos aqui que o Prefeito, Gleidson, como também seu irmão, o senador Cleitinho, tiveram a mesma professora de português e não são adeptos dos plurais. O que não inviabiliza, claro, a intenção manifestada nos áudios de ajudar o Nicácio, que, parece, não aceitou a ajuda. Nicácio quer a fiscalização, parece.
Fonte: O TEMPO
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Fonte: O TEMPO