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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não descarta apoiar a candidatura do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) à presidência da Câmara. A disputa será em fevereiro de 2025. A possibilidade é ventilada nos bastidores, já que é baixa a chance do petista fechar um acordo com o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), que tenta emplacar votos para tornar Elmar Nascimento (União Brasil-BA) seu sucessor.
A avaliação é de que Lula não quer fechar com Lira, que tem patrocinado pautas de ideologia contrária à política feita por Lula, especialmente em aceno à direita conservadora. Já Pereira tem sido apresentado, internamente, como uma opção mais moderada e com chance de vitória - hoje, ele é vice-presidente da Câmara, o número dois atrás de Lira.
Aliados de Lula na Câmara já foram alertados sobre o possível apoio do presidente da República e não sinalizam mal-estar com a negociação, que ainda pode mudar completamente a depender do jogo político. Tudo caminha, no entanto, para que entraves entre Marcos Pereira e alas do PT sejam esquecidos.
Em 2016, ele foi uma das figuras que estiveram em acordos durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), acusado como golpe político por petistas. Na época, o então vice-presidente Michel Temer (MDB) assumiu como interino e trocou toda a equipe de governo quando Dilma foi afastada para responder ao processo de restituição.
Um dos nomeados por Temer foi Marcos Pereira, que virou ministro da Indústria e do Comércio. Ele chegou a declarar não ter dúvidas de que, com o possível afastamento definitivo de Dilma, haveria mais confiança de investidores internacionais e uma reação positiva da economia.
"Lá fora, eles têm um certo desconforto por causa da interinidade do governo, haja vista que muitos deles não compreendem esse processo [de impeachment], que é democrático e constitucional, pelo qual o Brasil está passando”, disse na época, em um evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
"Com as ações que já estamos tomando e que vão ser intensificadas, tenho certeza que os números da economia como um todo vão começar a reagir e os investidores, que já estão desengavetando seus projetos, vão começar a executá-los e nós poderemos gerar emprego, renda e, consequentemente, avançar na rearrumação do Brasil nesses próximos dois anos e pouco”, acrescentou.
Apesar da costura, não está descartada a candidatura de um nome do PT, mesmo de que forma avulsa, deixando Lula encurralado entre firmar um acordo ou fortalecer seu partido. Outros nomes que estão se apresentando à disputa para o comando da Câmara são os líderes do PL, Altineu Côrtes (RJ), e do PSD, Antonio Brito (BA). A bancada do agronegócio também discute uma candidatura
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Aliados de Lula na Câmara já foram alertados sobre o possível apoio do presidente da República e não sinalizam mal-estar com a negociação, que ainda pode mudar completamente a depender do jogo político. Tudo caminha, no entanto, para que entraves entre Marcos Pereira e alas do PT sejam esquecidos.
Em 2016, ele foi uma das figuras que estiveram em acordos durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), acusado como golpe político por petistas. Na época, o então vice-presidente Michel Temer (MDB) assumiu como interino e trocou toda a equipe de governo quando Dilma foi afastada para responder ao processo de restituição.
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