Em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (22), o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, acusou ex-médicos da rede hospitalar de terem manipulado uma planilha interna para ocultar mortes de pacientes em estudo realizado com o objetivo de testar hidroxicloroquina contra a Covid-19. "O dossiê entregue a esta Casa é uma peça de horror, [...] os dados foram manipulados, furtados e adulterados para atacar uma empresa idônea", afirma Benedito Batista.

De acordo com o dirigente, "no dia 16 de setembro, esta CPI recebe notícias que levantam suspeitas que prevent senior teria omitido mortes em estudo sobre cloroquina. Este documento faz a descrição do acompanhamento médico de 136 pacientes". "O texto está completo no documento que vocês receberam", disse.

"No dia 26 de março a 4 de abril ocorreram somente dois óbitos. Mesmo assim o noticiário tirou totalmente de contexto este documento e colocou mortes que ocorreram após o dia 4 como se tivessem ocorrido entre o período de 26 a 4", complementou. 

O dossiê


Nove pacientes morreram durante a pesquisa, mas os autores mencionaram duas mortes no âmbito de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina.

Segundo a planilha, dos 636 participantes, apenas 266 fizeram eletrocardiograma, recomendado para pacientes tratados com cloroquina devido ao risco de problemas cardíacos. Somente 93 pacientes (14,7% do total) realizaram teste para saber se estavam com Covid ou não.