CONFLITOS INTERNOS

O PSB de Belo Horizonte decidiu pelo apoio ao prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), no segundo turno das eleições municipais. A deliberação aconteceu em uma reunião na noite de quarta-feira (17 de outubro), sem a presença do presidente municipal, Paulo Brant. De acordo com o vice-presidente, Daniel Lisbeni, Brant foi convidado para o encontro, e apesar da sua ausência, a decisão segue válida conforme o estatuto do partido.

 A sigla vinha enfrentando conflitos internos desde o resultado do primeiro turno, no qual Bruno Engler (PL), candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Fuad Noman (PSD) avançaram para o segundo turno.O PSB ainda não havia se posicionado, apesar de nacionalmente a possibilidade de apoiar o candidato de Bolsonaro ou adotar uma postura de neutralidade nesse cenário tivesse sido descartada, conforme antecipado pelo O TEMPO.

À reportagem, o vice-presidente municipal disse que membros do partido estavam insatisfeitos com a demora na convocação de um encontro coletivo para discutir a decisão. “Nós já vínhamos sentindo falta desse posicionamento, de uma reunião do partido para que cada um colocasse suas intenções”, afirmou.

“Então criamos um canal específico para essa reunião. Todos os dirigentes viram a solicitação dessa reunião”, disse, e acrescentou: “Nós éramos o único partido progressista que não tinha se pronunciado”.

Ainda segundo Lisbeni, a reunião foi feita com ciência e apoio do diretório nacional, de forma híbrida, e a decisão foi unânime. Estavam presentes membros da direção municipal, uma dirigente estadual e uma dirigente nacional.

No começo da semana, a reportagem tinha questionado Paulo Brant sobre seu posicionamento e ele afirmou que estava “completamente alinhado” com o antigo colega de chapa Gabriel Azevedo, presidente municipal do MDB. Gabriel ainda não divulgou qual será a sua posição.

O PSB articula agora uma reunião com o prefeito para oficializar o apoio a ele. A reportagem procurou Paulo Brant para um posicionamento, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue em aberto.