O deputado federal Wladimir Costa (SD) disse que não é obrigado a aceitar agressões verbais com palavras de baixo calão, em nota divulgada nesta sexta-feira (27) sobre vídeo que circulou nas redes sociais mostrando ele agredindo um homem em um evento da prefeitura de Jacundá, no sudeste do Pará.
O vídeo mostra o deputado discursando quando reclamou de ser interrompido. Ele diz que vai deixar o cidadão falar ao microfone e então é questionado sobre a tatuagem com o nome do presidente Michel Temer. "Me explica a tatuagem do Temer na tua bunda, por favor?".
Em seguida, o parlamentar dá um tapa na cara do cidadão e diz "Respeita a cara de homem, vagabundo. Homem safado apanha na cara". Confira nas imagens.
De acordo com a nota, o deputado havia parado o pronunciamento para se dirigir ao cidadão "num gesto democrático" para oferecer-lhe a palavra e dando oportunidade de se manifestar, "mantendo o bom nível do discurso".
A nota diz que o parlamentar é contra toda e qualquer forma de agressão, contudo não se manterá inerte todas as vezes em que for xingado ou agredido fisicamente.
Após a confusão, deputado diz que vai continuar o evento e que "pode filmar e botar nas redes sociais".
De acordo com a assessoria, o deputado fez uma denúncia contra o cidadão à polícia local e disse que pretende acioná-lo na Justiça. O deputado alega que o cidadão havia lhe dado um chute.
A Polícia Civil informou que a vítima das agressões, o professor Therezo de Soyza Neto, compareceu à delegacia de Jacundá, na noite quinta-feira (26), para registrar boletim de ocorrência contra o deputado federal. Ele acusa Wladimir de suposta agressão física. O ex-vereador foi chamado para prestar depoimento e também recebeu encaminhamento para passar por exame de corpo de delito.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) disse em nota que repudia a agressão sofrida pelo professor Therezo Neto, e que a categoria está prestando solidariedade e orientando o professor para que as providências cabíveis sejam tomadas contra o deputado Waldimir Costa.
O G1 entrou contatou a Prefeiruta de Jacundá e o Governo do Pará, que estaria apoiando o evento.