Impedido de concorrer por causa de uma condenação na Justiça Eleitoral, Wladimir Costa recorre da decisão e continua com o nome na urna
Pelas redes sociais, Wladimir Costa classificou o indeferimento de sua candidatura a perseguição política e à “podridão dos poderes”, que não aceitam sua possibilidade de vitória. “`A (sic) luta continua maninhos”, disse o candidato que se intitula “senador do povão”.
O TRE do Pará barrou a candidatura do aliado de Temer com base na Lei da Ficha Limpa. O deputado da tatuagem é réu no Supremo Tribunal Federal por crime de peculato, acusado de empregar funcionários fantasmas em seu gabinete parlamentar.
Mas o motivo do indeferimento, que foi por unanimidade no último sábado, é que ele tem uma condenação pelo TRE do Pará por abuso de poder econômico na eleição de 2014. Além do relator, desembargador Roberto Gonçalves de Moura, votaram contra a candidatura o juiz federal Arthur Pinheiro Chaves e os juízes Altemar da Silva Paes, Luzimara Costa Moura e José Alexandre Buchacra Araújo.
Sem campanha mas com foto na urna eletrônica
Por maioria, a Corte decidiu proibir os atos de campanha de Wlad, em especial a veiculação da propaganda eleitoral de rádio e televisão. O candidato também não pode usar recursos dos fundos partidário e de financiamentoe de campanhas.
Os juízes, porém, decidiram por manter o nome e a foto do deputado Wladmir Costa nas urnas eletrônicas nas quais os eleitores do Pará vão votar.
A Justiça Eleitoral decidiu pela cassação do parlamentar em dezembro do ano passado, quando também o tornou inelegível por oito anos. Segundo o TRE do Pará, Wladimir Costa declarou gastos de R$ 61 mil com publicidade, mas na apuração do processo ficou comprovado que ele gastou R$ 400 mil.
Wlad ficou conhecido como o deputado da tatuagem por gravar o nome do presidente Michel Temer no ombro, quando a Câmara dos Deputados votou denúncias contra o emedebista.