Depois de anunciar que protocolaria um projeto de lei, Cabo Junio Amaral ficou sabendo que, momentos antes de registrar o texto na Câmara, dois outros deputados, do mesmo partido, havia acabado de protocolar projeto semelhante.

 
 

Uma situação inusitada surpreendeu o deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG) nesta quinta-feira (6). Depois de anunciar pelas redes sociais que protocolaria hoje um projeto de lei que prevê o aumento da pena pelo crime de calúnia para falsas acusações de estupro, o parlamentar ficou sabendo que, momentos antes de registrar o texto na Câmara, dois outros deputados, do mesmo partido, haviam acabado de protocolar projeto semelhante.

“Estou em processo de aprendizagem nesse ambiente aqui, neste caso prefiro acreditar que a sua iniciativa foi uma coincidência mesmo. Realmente não me importa quem será o "pai da criança", mas que casos como este sejam tratados como realmente devem, e que não nos ocupemos tanto com as falsas acusações, pois enquanto isso milhares de estupros verdadeiros estão acontecendo pelo país e ninguém aguenta mais tamanha impunidade”, disse Amaral, que relata ter recebido um telefonema do deputado Jordy (PSL-RJ) o convidando a ser co-autor, mas não conseguiu atender no momento. O deputado Eneias Reis (PSL-MG) assinou o projeto ao lado de Jordy.

O projeto protocolado hoje ficou conhecido na internet como “Lei Neymar da Penha”, em referência às acusações de que o jogador teria estuprado uma modelo. O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo.