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A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que faz parte da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, ironizou o pedido de mulheres em vulnerabilidade social para que o governo federal fornecesse absorventes ao público citado e para estudantes de escolas públicas. Bolsonaro vetou a distribuição na última quinta-feira (7/10).
Alê Silva disse que em seu tempo não tinha "mimimi", ironizando quem pede para que o governo federal distribua absorventes para quem não pode arcar com o custo de um.
"Sou do tempo em que usávamos paninhos, que a cada mês eram lavados e passados para serem novamente usados. Não tinha mi, mi, mi, aínn o governo tem que me dar (sic)", publicou a deputada.
Números da Organização das Nações Unidas (ONU) de maio mostram que mais de 4 milhões de mulheres vivem sem acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Mais de 700 mil meninas não têm banheiro ou chuveiro em casa. A pobreza menstrual - como é chamada a dificuldade de aquisição de recursos de higiene, infraestrutura e conhecimentos sobre a menstruação - afeta o desempenho escolar das estudantes brasileiras.
Ainda segundo a ONU, uma em cada quatro jovens brasileiras deixa de ir ao colégio durante o período menstrual por falta de absorventes, média 2,5 vezes superior à mundial. Com isso, as jovens perdem cerca de 45 dias de aula por ano letivo.
Veto é 'candidatíssimo' a cair
Um dia depois de Bolsonaro ter vetado a distribuição de absorventes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a ação do chefe do Executivo federal tem grandes chances de ser derrubada pelo Legislativo. Pacheco destacou a dificuldade que mulheres em vulnerabilidade social passam, tendo que utilizar miolo de pão e papéis de jornal para minimizar os efeitos da menstruação.
"O Congresso está pronto para contribuir com o governo nas soluções de cunho fiscal, mas considero desde já que esse veto é candidatíssimo a ser derrubado", publicou Pacheco, ressaltando a questão fiscal, uma vez que Bolsonaro vetou o projeto por não ter fonte de custeio para a distribuição.
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A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que faz parte da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, ironizou o pedido de mulheres em vulnerabilidade social para que o governo federal fornecesse absorventes ao público citado e para estudantes de escolas públicas. Bolsonaro vetou a distribuição na última quinta-feira (7/10).
Alê Silva disse que em seu tempo não tinha "mimimi", ironizando quem pede para que o governo federal distribua absorventes para quem não pode arcar com o custo de um.
"Sou do tempo em que usávamos paninhos, que a cada mês eram lavados e passados para serem novamente usados. Não tinha mi, mi, mi, aínn o governo tem que me dar (sic)", publicou a deputada.
Números da Organização das Nações Unidas (ONU) de maio mostram que mais de 4 milhões de mulheres vivem sem acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Mais de 700 mil meninas não têm banheiro ou chuveiro em casa. A pobreza menstrual - como é chamada a dificuldade de aquisição de recursos de higiene, infraestrutura e conhecimentos sobre a menstruação - afeta o desempenho escolar das estudantes brasileiras.
Ainda segundo a ONU, uma em cada quatro jovens brasileiras deixa de ir ao colégio durante o período menstrual por falta de absorventes, média 2,5 vezes superior à mundial. Com isso, as jovens perdem cerca de 45 dias de aula por ano letivo.
Veto é 'candidatíssimo' a cair
Um dia depois de Bolsonaro ter vetado a distribuição de absorventes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a ação do chefe do Executivo federal tem grandes chances de ser derrubada pelo Legislativo. Pacheco destacou a dificuldade que mulheres em vulnerabilidade social passam, tendo que utilizar miolo de pão e papéis de jornal para minimizar os efeitos da menstruação.
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