Um levantamento da agência Ativaweb que monitorou as plataformas durante 30 horas, a partir da tarde de terça-feira, 11, constatou a favor da PF um engajamento e um apoio inéditos a um órgão público. De 3,13 milhões de menções sobre o texto nesse período, a corporação teve 78% de menções positivas, contra apenas 1,6% de negativas.
Nas redes pesquisadas pelo estudo, os termos que dominaram foram “Não mexam na PF”, “A Polícia Federal é a última fronteira contra o crime organizado”, “Tirar poder da PF é enfraquecer o Brasil” e “A PF é patrimônio nacional”. Derrite propôs inicialmente limitações ao poder de investigação da Polícia Federal sobre as facções, que despertaram reações na corporação e no governo Lula.
A Ativaweb constatou como pontos de inflexão no debate digital as notas oficiais da PF e da Receita Federal a respeito do PL Antifacção e as entrevistas do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a canais de televisão.
A partir destes pontos, a agência identificou que o debate nas redes deixou de se focar no projeto de lei propriamente dito e se voltou a uma discussão em torno da autonomia da PF.
“Quando a Polícia Federal entra no centro do debate, o Brasil inteiro muda de posição. A PF virou o eixo moral e emocional do PL Antifacção”, afirmou Alek Maracajá, cientista de dados e fundador da Ativaweb.
Se a PF é a queridinha, Guilherme Derrete amargou um mau desempenho. Segundo o levantamento, seu nome teve 68,4% de menções negativas e 10,2% de positivas. Para Maracajá, “nesse ambiente, qualquer figura política que se coloque na contramão dessa percepção positiva da PF é automaticamente empurrada para o centro do desgaste nacional”.







