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BRASÍLIA – A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quinta-feira (11/9), teve forte repercussão internacional. O julgamento, considerado histórico, foi acompanhado por alguns dos principais veículos do mundo, que destacaram desde o simbolismo da decisão até os desdobramentos políticos e diplomáticos.
A repercussão internacional converge em um ponto: a condenação de Bolsonaro marca um momento histórico para a democracia brasileira. Seja em análises críticas, como no NYT, ou em classificações mais simbólicas, como no Clarín e no El País, a imprensa mundial tratou o julgamento como um divisor de águas na política brasileira e um recado global contra o autoritarismo.
Confira como o caso foi noticiado por grandes veículos de imprensa fora do Brasil:
The New York Times (EUA)
O jornal americano foi um dos mais duros em sua análise. Em artigo assinado por Steven Levitsky e Filipe Campante, o NYT afirmou que o Brasil teve sucesso onde os Estados Unidos falharam. O texto comparou diretamente Bolsonaro a Donald Trump, lembrando que o republicano tentou reverter a derrota em 2020, incentivou a invasão do Capitólio em 2021 e não enfrentou responsabilização penal.
“Na prática, o governo dos EUA está punindo os brasileiros por fazerem algo que os americanos deveriam ter feito, mas não fizeram: responsabilizar um ex-presidente por tentar reverter uma eleição”, escreveram. O jornal também ressaltou a pressão da Casa Branca sobre o Brasil, citando sobretaxas comerciais e sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
The Guardian (Reino Unido)
O britânico The Guardian classificou a decisão como um marco na história democrática brasileira, destacando que Bolsonaro foi condenado por “planejar um golpe militar e tentar aniquilar a democracia”. O jornal deu ênfase ao voto divergente do ministro Luiz Fux, que pediu a absolvição por considerar insuficientes as provas de envolvimento direto do ex-presidente.
O jornal ressaltou ainda que a sentença representa um freio à ascensão de líderes autoritários na América Latina.
Reuters (agência internacional)
A agência internacional de notícias destacou que Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por atentado à democracia. A reportagem também relembrou que a decisão não foi unânime, com Luiz Fux defendendo a absolvição. Para a Reuters, essa divergência trouxe algum alívio para apoiadores do ex-presidente, mas não comprometeu a robustez da condenação.
O texto também relacionou o caso a processos contra outros líderes populistas e de extrema-direita no mundo, como Marine Le Pen, na França, e Rodrigo Duterte, nas Filipinas.
Washington Post (EUA)
O jornal americano ressaltou que o julgamento divide a sociedade brasileira, com manifestações de apoio e de repúdio à decisão. O Washington Post também lembrou que Bolsonaro segue como um ator político relevante, mesmo inelegível por oito anos após cumprir a pena.
Segundo a reportagem, espera-se que ele escolha um herdeiro político para 2026, mantendo influência sobre a direita brasileira. O jornal acrescentou que aliados do ex-presidente já discutem a possibilidade de pressionar por uma anistia no Congresso.
Wall Street Journal (EUA)
O WSJ avaliou que a sentença deve inflamar a disputa política entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A publicação apontou que Bolsonaro, aos 70 anos, é agora um símbolo central da “guerra comercial e política” entre Brasil e Estados Unidos.
O jornal relembrou que Trump classificou o processo como “caça às bruxas” e impôs tarifas de 50% ao Brasil em retaliação. Para o WSJ, a queda de Bolsonaro sela o fim de um ciclo político iniciado em 2018, quando ele venceu as eleições prometendo lei e ordem em meio à crise.
Bloomberg (EUA)
A agência financeira destacou que Bolsonaro acusa o STF de perseguição política e aposta em recursos para tentar reverter a condenação. Também mencionou o projeto de lei de anistia que circula no Congresso, mas com pouca perspectiva de avanço no Senado.
Para a Bloomberg, a condenação de Bolsonaro reforça a percepção de que o Brasil está disposto a enfrentar seus líderes políticos e aplicar punições duras, mesmo sob pressão internacional.
The Economist (Reino Unido)
A revista britânica recuperou uma frase de Bolsonaro em 2022, quando ele afirmou que nunca seria preso. “O julgamento mostrou que ele estava errado”, publicou. O veículo lembrou que o Brasil, historicamente marcado por golpes de Estado, agora dá um passo simbólico ao condenar um ex-presidente por tentar romper a ordem democrática.
El País (Espanha)
O espanhol El País afirmou que o Brasil deu “um passo importante contra a impunidade” com a condenação. O jornal destacou que o julgamento ocorreu sob forte pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, mas que a Suprema Corte manteve firmeza.
O veículo ainda ressaltou o voto decisivo da única ministra da turma, Cármen Lúcia, chamando a atenção para a dimensão histórica da sentença.
BBC (Reino Unido)
A emissora britânica explicou que o plano golpista culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios dos três Poderes em Brasília. A BBC frisou que apenas um ministro votou pela absolvição, reforçando o peso da maioria pela condenação.
Clarín (Argentina)
O argentino Clarín classificou o julgamento como “histórico” e lembrou que Bolsonaro já está em prisão domiciliar desde agosto. O jornal destacou que a acusação apontou uma estratégia gradual do ex-presidente para corroer a confiança nas instituições, culminando no plano golpista de 2022 a 2023.
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The New York Times (EUA)
O jornal americano foi um dos mais duros em sua análise. Em artigo assinado por Steven Levitsky e Filipe Campante, o NYT afirmou que o Brasil teve sucesso onde os Estados Unidos falharam. O texto comparou diretamente Bolsonaro a Donald Trump, lembrando que o republicano tentou reverter a derrota em 2020, incentivou a invasão do Capitólio em 2021 e não enfrentou responsabilização penal.
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A agência internacional de notícias destacou que Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por atentado à democracia. A reportagem também relembrou que a decisão não foi unânime, com Luiz Fux defendendo a absolvição. Para a Reuters, essa divergência trouxe algum alívio para apoiadores do ex-presidente, mas não comprometeu a robustez da condenação.
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Para a Bloomberg, a condenação de Bolsonaro reforça a percepção de que o Brasil está disposto a enfrentar seus líderes políticos e aplicar punições duras, mesmo sob pressão internacional.
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O argentino Clarín classificou o julgamento como “histórico” e lembrou que Bolsonaro já está em prisão domiciliar desde agosto. O jornal destacou que a acusação apontou uma estratégia gradual do ex-presidente para corroer a confiança nas instituições, culminando no plano golpista de 2022 a 2023.