BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A CPI do 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira (3) a quebra dos sigilos telefônico e telemático do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Anderson Torres, além da quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid.

A comissão também aprovou a quebra dos sigilos telefônico e telemático do general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-número dois do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no dia 8 de janeiro.

Ele chegou ao cargo na gestão do general Augusto Heleno, um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, e foi mantido no governo Lula (PT) pelo general Gonçalves Dias, exonerado em abril.

A CPI também quebrou os sigilos telefônico e telemático do general Carlos Eduardo Feitosa Rodrigues e do coronel Wanderli Baptista da Silva Junior. As quebras foram aprovadas em bloco, sem a contagem de votos de cada uma delas.

Como revelou a Folha de S.Paulo, o inquérito policial militar aberto para investigar os militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto dos ataques golpistas apontou "indícios de responsabilidade" da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.

A investigação indica a responsabilidade da secretaria de forma genérica, sem mencionar o nome dos responsáveis. A conclusão cita ainda a sigla DSeg, do Departamento de Segurança Presidencial.

Feitosa era o chefe da secretaria à época, enquanto Wanderli ocupava o cargo de diretor do Dseg. Assim como o general Penteado, os dois foram indicados por Heleno e mantidos em suas funções no início do governo petista por decisão de GDias.

A comissão também aprovou a quebra dos sigilos general Gustavo Henrique Dutra. Dutra era chefe do Comando Militar do Planalto na data da invasão às sedes dos Poderes, e enquanto golpistas acampavam em frente ao quartel-general do Exército contra a vitória de Lula.