A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (1º), Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati Medical Supply e cabo da Polícia Militar de Minas Gerais. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose, em troca de assinar um contrato de venda de vacinas AstraZeneca com o Ministério da Saúde. Os senadores aprovaram requerimentos para a convocação dele e do procurador da empresa, Cristiano Alberto Carvalho.
 
A propina teria sido pedida pelo ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado na quarta (30). A compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca pelo ministério geraria um montante ilícito de R$ 2 bilhões.

A audiência para ouvir Dominguetti havia sido marcada inicialmente para sexta-feira (2). Porém, na noite de ontem, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou pelas redes sociais que o depoimento havia sido antecipado para esta quinta, às 10h. Assim, o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que estava previsto para falar à CPI na reunião de hoje, teve a convocação adiada, sem nova data.


Também foram aprovados requerimentos de informações ao Ministério da Saúde ligadas à empresa Davati Medical Supply, assim como da própria empresa. Os pedidos de convocação foram apresentados pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE).

“O depoimento de Luiz Paulo Dominguetti Pereira a esta CPI é imperioso e imprescindível para o desenrolar da fase instrutória e, obviamente, para o futuro deslinde das investigações”, justificou Renan.

(*) Com informações da Agência Senado