A CPI da Covid no Senado aprovou requerimento de convocação do tenente-coronel do Exército Marcelo Blanco, que se apresenta em seu perfil no Linkedin como se apresenta como Diretor Substituto Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Blanco estava no encontro no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, em 25 de fevereiro, na reunião em que o então diretor do departamento, Roberto Dias, pediu a propina de US$ 1 dólar por dose para que as negociações de compra da vacina AstraZeneca avançassem.

Segundo o Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, durante a conversa, Blanco, Dias e um empresário estavam com uma agenda em que anotavam fazendo cálculos. "Só sei que eles ficavam com uma agenda anotando, fazendo cálculos, eu olhando aquilo e falei gente do céu, onde eu fui me enfiar?", disse, segundo a jornalista Constança Rezende, da Folha de S.Paulo.

O empresário disse que, em determinado momento, Blanco foi embora do encontro.


“Eu lembro da data porque o Blanco foi embora, aí ele [Dias] falou: 'Vamos dar uma esticada na noite'. Eu falei não, não vou não, eu tenho que ir embora, vou ver o jogo do São Paulo, que tava jogando. E eu querendo ir embora, né? O Roberto e esse empresário, e eu falei não, não vou não, eu tô com um compromisso e fui embora”, disse Rezende [em 25 de fevereiro do São Paulo contra o Flamengo, pelo último jogo do Brasileiro]. 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi o autor do requerimento de convocação do tenente-coronel.