Além dos presidenciáveis, candidatos ao governo de Minas também participam do evento
Pré-candidatos à Presidência da República e ao governo de Minas Gerais nas eleições deste ano participam, nesta sexta-feira (15), do evento Conexão Empresarial, em Tiradentes, na região Central do Estado. Faltando poucos meses para as eleições, eles discutem com o empresariado, de diversas regiões do país, questões econômicas, políticas e de interesse público.
O encontro começou nesta quinta-feira (14) e vai até domingo (17). A expectativa é de que 500 convidados marquem presença durante os quatro dias de evento. Acompanhe abaixo os principais trechos das palestras dos pré-candidatos.
Alvaro Dias, pré-candidato à Presidência pelo Podemos
O senador paranaense defendeu durante a palestra o corte de privilégios e criticou o modo como o país tem sido conduzido hoje. Segundo ele, as instituições estão destruídas pela incompetência. “Uma minoria assalta o poder e explora os trabalhadores e empresários para privilegiar a sua elite, as suas coisas. Isso é República? A sensação é de que é Império”, afirmou.
Ele ainda defendeu que sejam feitas reformas no país, mas ressaltou que isso somente é possível se as mudanças vierem do “andar de cima”, a partir, por exemplo, dos parlamentares.
“Hoje é mais Estado e menos sociedade, menos creches, menos escolas, menos policias, menos saúde. A reforma do Estado é essencial, assim como da Previdência, a trabalhista, porque ela não se completou, a reforma do sistema federativo e, sobretudo, a reforma tributária, que é a principal. São reformas essenciais, mas é preciso ter autoridade para propor reformas que afetarão a vida das pessoas” disse.
Alvaro Dias também afirmou que é preciso acabar com o foro privilegiado e outros privilégios, como “aposentadorias imorais”.
Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT
O ex-governador do Ceará afirmou que o que aconteceu com o Brasil tinha que ser a grande pergunta que a população deveria fazer. “Eu sou candidato para retomar a confiança desse país”, disse.
Ciro afirmou ainda que as respostas para os problemas do país não virão de respostas simplórias e populistas. O ex-governador aproveitou para criticar diretamente o seu concorrente ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que ele é fascista e que práticas deles, como de preconceito, precisam ser denunciadas e que ele não iria se calar quanto a isso.
Ele também listou números aos empresários para dizer como o Brasil deveria crescer, como por exemplo, abrir crédito para os trabalhadores.
Paulo Rabello, pré-candidato à Presidência pelo PSC
O presidente do BNDES afirmou que o Brasil da indagação levou o país para o buraco e que agora está aqui para oferecer soluções. Ele também criticou a corrupção no Brasil. “Quanto mais tempo nós aceitaremos isso?”, indagou.
Lembrando do seu plano de governo, na qual são listadas 20 metas para o governo federal, o empresário afirmou que é preciso ter um presidente que faça como fez Juscelino Kubitschek: “Precisamos de plano de governo, não de bravatas, como JK fez”, disse.
“O Brasil tem jeito. O país pode estar até fiscalmente truncado, mas eu talvez não me habilitasse a essa importante aventura se não tivesse jeito”, declarou Rabello. “Vamos colocar em primeiro lugar a autoconfiança do povo brasileiro”, completou.