Com o governo sendo desgastado pela CPI da Pandemia, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que deve ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito, citou a necessidade de o Brasil "estar unido contra qualquer iniciativa de desestabilização institucional". "É preciso respeitar" o "projeto escolhido pela maioria dos brasileiros" para governar o país, acrescentou o militar durante solenidade de transmissão do comando do Exército, em Brasília (DF).

Os militares devem ser o primeiro foco da CPI da Covid no Senado. Os generais Braga Netto e Eduardo Pazuello, ex-titular da Saúde, estarão entre os alvos das investigações. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), apontou que foram identificadas "graves omissões" de Braga Netto no combate à pandemia da Covid-19.

Nesta terça, o ministro disse que "o momento requer um maior esforço de união nacional, com foco no combate à pandemia e no apoio à vacinação. Hoje, o país precisa estar unido contra qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional, que altere o equilíbrio entre os poderes e prejudique a prosperidade do Brasil".


De acordo com o general, "enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistada por nossa nação". "É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país. A sociedade, atenta a essas ações, tenha a certeza que suas forças armadas estão prontas a servir aos interesses nacionais", disse.

"Neste período de intensa comoção e incertezas, que colocam à prova a maturidade e a independência das instituições democráticas brasileiras, o Exército, a Marinha e Força Aérea mantêm o foco em suas missões constitucionais, permanecendo sempre atentas à conjuntura nacional", concluiu o ministro", acrescentou.