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string(80) "Com o fiasco no Rio, Malafaia abre a porta da cadeia para a prisão de Bolsonaro"
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Nesse domingo, chegaram a anunciar uma multidão de mais de 1 milhão de bolsonaristas. O cálculo mais preciso, com direito a número com vírgula, chegou a 18,3 mil, segundo estimativa de técnicos da USP.
Alguém deveria ter avisado o pastor de que não daria certo. Que há um cansaço com o discurso de que é preciso salvar os manés do 8 de janeiro para assim livrar também Bolsonaro e seus generais golpistas.
Malafaia, o organizador do ajuntamento, conseguiu chamar até Tarcísio de Freitas ao Rio, mas não teve forças para atrair apoiadores para os ataques ao STF. Malafaia, o anfitrião, é o principal culpado pelo fiasco, por não ter avaliado as chances de que daria tudo errado.
Mas todos os que ele enganou, começando por Bolsonaro, são derrotados pela empáfia e pela arrogância de achar que poderão manter Alexandre de Moraes e o Supremo acossados o tempo todo, até a condenação dos golpistas.
Fracassaram Bolsonaro, os filhos de Bolsonaro, o entorno do primeiro e do segundo time do bolsonarismo, o extremismo radical e o extremismo moderado.
Bolsonaro sai alquebrado para enfrentar a última etapa do seu purgatório, até o que acontecerá dia 25 de março no Supremo, quando os ministros vão aceitar a denúncia da PGR e transformá-lo em réu.
Podem dizer de novo que no Rio é uma coisa e que em São Paulo é outra. E podem até estar certos. É provável que se repita no ato da Paulista, em 6 de abril, o que aconteceu outras vezes.
São Paulo reúne mais bolsonaristas nas ruas do que o Rio, porque no Rio os tios e as tias do zap podem escolher entre ver e ouvir Malafaia ou ficar na areia e no mar. Em São Paulo, esse atrativo não existe e, como diria o poeta, só o que há é o Tietê.
A Paulista das aglomerações já funciona aos domingos como um ímã de todos os tédios da classe média da velha e da nova direita das proximidades, que não tem o que fazer nos fins de semana além de arrastar chinelos e puxar seus poodles pela coleira na avenida ou no Ibirapuera.
O ato em São Paulo acontecerá depois do recebimento da denúncia e poderá funcionar como desforra, se funcionar. Se não der certo, se tiver menos gente do que nas vezes anteriores, Bolsonaro estará mais perto da porta da cadeia, sem força e sem discurso.
E Tarcísio de Freitas, que apareceu com a camiseta azul da Seleção, na tentativa de se diferenciar do amarelo periquito de Bolsonaro e Malafaia, pode até disfarçar que não é, mas também está entre os perdedores. Poucos apareceram para vê-lo como a salvação do bolsonarismo.
É dele agora a responsabilidade de fazer em São Paulo o que Malafaia não conseguiu em Copacabana. O Projeto T precisa provar que, com Bolsonaro morto, Tarcísio fica mais vivo e tem condições de seguir em frente sem o sujeito que o inventou.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
*Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.
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Alguém deveria ter avisado o pastor de que não daria certo. Que há um cansaço com o discurso de que é preciso salvar os manés do 8 de janeiro para assim livrar também Bolsonaro e seus generais golpistas.
Malafaia, o organizador do ajuntamento, conseguiu chamar até Tarcísio de Freitas ao Rio, mas não teve forças para atrair apoiadores para os ataques ao STF. Malafaia, o anfitrião, é o principal culpado pelo fiasco, por não ter avaliado as chances de que daria tudo errado.
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Fracassaram Bolsonaro, os filhos de Bolsonaro, o entorno do primeiro e do segundo time do bolsonarismo, o extremismo radical e o extremismo moderado.
Bolsonaro sai alquebrado para enfrentar a última etapa do seu purgatório, até o que acontecerá dia 25 de março no Supremo, quando os ministros vão aceitar a denúncia da PGR e transformá-lo em réu.
Podem dizer de novo que no Rio é uma coisa e que em São Paulo é outra. E podem até estar certos. É provável que se repita no ato da Paulista, em 6 de abril, o que aconteceu outras vezes.
São Paulo reúne mais bolsonaristas nas ruas do que o Rio, porque no Rio os tios e as tias do zap podem escolher entre ver e ouvir Malafaia ou ficar na areia e no mar. Em São Paulo, esse atrativo não existe e, como diria o poeta, só o que há é o Tietê.
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O ato em São Paulo acontecerá depois do recebimento da denúncia e poderá funcionar como desforra, se funcionar. Se não der certo, se tiver menos gente do que nas vezes anteriores, Bolsonaro estará mais perto da porta da cadeia, sem força e sem discurso.
E Tarcísio de Freitas, que apareceu com a camiseta azul da Seleção, na tentativa de se diferenciar do amarelo periquito de Bolsonaro e Malafaia, pode até disfarçar que não é, mas também está entre os perdedores. Poucos apareceram para vê-lo como a salvação do bolsonarismo.
É dele agora a responsabilidade de fazer em São Paulo o que Malafaia não conseguiu em Copacabana. O Projeto T precisa provar que, com Bolsonaro morto, Tarcísio fica mais vivo e tem condições de seguir em frente sem o sujeito que o inventou.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
*Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.