ELEIÇÕES 2026

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) subiu à tribuna do Senado, nessa sexta-feira (9/5), para desabafar sobre seu desânimo com a política. Segundo o parlamentar, mesmo estando bem cotado para a disputa ao Governo de Minas Gerais nas primeiras pesquisas eleitorais, seu desejo é não disputar uma nova eleição.

“Tem muita gente me colocando como candidato a governador liderando pesquisas em Minas Gerais. Eu vou estudar bem isso, conversar, fechar a porta do meu quarto e orar muito. A minha pretensão mesmo, se da forma em que está a política, é não disputar eleição nunca mais na minha vida. É manter o meu mandato aqui por mais seis anos e seguir a minha vida”, disse o senador.

O primeiro motivo citado por Cleitinho seria porque ele não é “de levar desaforo para casa”, mas na política estaria aceitando muita coisa. Ele afirma que muitas pessoas que não entendem e o criticam. O parlamentar também reclama que tem 300 projetos protocolados, mas não avançam nas casas.

“Estou aqui me matando, fazendo de tudo para tentar melhorar a vida das pessoas, e meus projetos não são aprovados. Quando chega em comissão, os caras têm coragem de pedir adiamento deles para 30, 60 dias. Então, como é que faz? Ai eu vou virar governador? Onde eu tenho que negociar com gente que não está nem aí para o povo?”, indagou o senador.

O mineiro elogiou os senadores do PDT - Weverton Rocha (MA), Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) - por não deixarem a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo após a bancada de deputados federais deixarem o apoio ao Executivo com a demissão do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT-RJ).

“O que me envergonha na política é isso: você sentar com prefeito, governador, com o próprio Lula e negociar para ser base. Quando é a negociação para o povo ganhar? Me conta a hora que é. O Lupi errou, ele prevaricou, o governo fez certo, tinha que exonerar mesmo, mas como ele não está no governo, a bancada do PDT na Câmara deixou a base. Como eu vou lidar com isso sendo governador tendo que negociar esse tipo de situação? Vou pensar se compensa continuar na vida pública”, reiterou Cleitinho.