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Em resposta, Mauro Cid informou que não possuía o certificado do Rolex, uma vez que "foi um presente recebido durante uma viagem oficial", e ele tinha a intenção de vender o relógio por US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, conforme a cotação atual). Entretanto, os e-mails não detalhavam as circunstâncias da aquisição do relógio, informa o jornal O Globo.
Durante uma visita à Arábia Saudita em outubro de 2019, Jair Bolsonaro recebeu um conjunto de joias, incluindo um Rolex, um anel, uma caneta e um rosário islâmico, do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. Recentemente, a defesa de Bolsonaro devolveu os itens de luxo após uma investigação da Polícia Federal relacionada a outro conjunto de joias sauditas, no valor de R$ 5 milhões, retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
No passado, Mauro Cid, atuando como ajudante de ordens, tentou recuperar o conjunto de joias retido pela Receita Federal, antes de Bolsonaro deixar o cargo presidencial e partir para os Estados Unidos.
A defesa de Cid alega não ter acesso aos e-mails que estão em posse da CPMI do dia 8 de janeiro.
Mauro Cid está preso desde maio e enfrenta investigações por parte da Polícia Federal relacionadas a um possível esquema de fraudes no cartão de vacinação, bem como por manter conversas com teor golpista. Além disso, a CPMI também está examinando transações financeiras realizadas por Cid. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou que o militar movimentou R$ 3,2 milhões em um período de seis meses, uma operação considerada incompatível com seu patrimônio, uma vez que ele recebe um salário mensal de R$ 26 mil como oficial do Exército.
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