Brasília - Após reunião realizada nesta segunda-feira (11), na residência oficial de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, líderes partidários fecharam um acordo em que condiciona a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa à entrega, por parte do governo Jair Bolsonaro, da proposta sobre as mudanças na aposentadoria de militares.
O acordo foi confirmado à imprensa pelo líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), e pelos líderes das bancadas de PPS e PMN. O líder do partido de Bolsonaro, o PSL, deputado Delegado Waldir (GO) também avalizou o acordo. A informação é do G1.
"Nós queremos ver qual será a proposta que o governo vai mandar. E se o governo não enviar uma proposta, a admissibilidade não será votada, por um acordo de todos os líderes de partidos na Câmara", afirmou Alessandro Molon.
Considera a comissão mais importante do parlamento, por ser a porta de entrada de qualquer projeto, a CCJ vai analisar a chamada admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Toma lá, dá cá
Bolsonaro já sinalizou que vai receber as indicações para cargos de segundo e terceiro escalões, em troca do voto a favor da reforma.
Segundo o portal G1, esse acerto, feito numa reunião entre Bolsonaro e o presidente da Câmara no último sábado. A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que nas redes sociais criticava o "toma lá, dá cá", adiantou que serão publicadas na edição desta terça (12) do Diário Oficial da União nomeações de aliados do Palácio do Planalto.
"Atende o processo de articulação política, que é saudável, que é bem-vinda. Esse é o princípio do próximo 'Diário Oficial'. Ou de uma informação que vai tá no 'Diário Oficial'. Vai ter uma composição do que serão os vice-líderes no Congresso Nacional e essas vice-lideranças não serão pessoas figurativas", declarou Joice.