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O trabalho dos catadores de reciclagem, que tantas vezes é marginalizado ou invisível aos olhos da sociedade, agora, em Minas Gerais, terá um incentivo para garantia de dignidade e direitos desses cidadãos. O Reciclando Dignidade, uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais, o governo do Estado e o Serviço Social Autônomo (Servas), vai incluir 1.475 profissionais à Previdência Social e garantir a eles, pelo menos, quatro anos de seguridade trabalhista, como auxílio doença, pensão por morte, licença maternidade e outros.
"Agora, vamos poder trabalhar com tranquilidade, sabendo que, se algum de nós se acidentar, vamos ter onde recorrer, sem preocupação de ter que voltar correndo para trabalhar e garantir nosso alimento. Além disso, é ter uma certeza de que daqui a um tempo, teremos direito à nossa aposentadoria", afirmou a catadora Neli Medeiros.
O documento que atesta o acordo firmado foi assinado nesta terça-feira (19 de novembro), pela Neli Medeiros; pelo vice-governador do Estado, Mateus Simões; pelo procurador geral do Estado, Jarbas Soares Filho, e pela presidente do Servas, Cristiane Renault. Um repasse, oriundo de fundos de reparação ambiental, vai garantir o pagamento de R$ 16 milhões, o equivalente a quatro anos e meio de contribuição.
“Existem três perfis de catadores: os que são cooperados, os autônomos e os que levam a reciclagem como negócio de família. Para esse programa, selecionamos aqueles que são associados a alguma das 74 cooperativas que recebem o Bolsa Reciclagem, do governo de Minas, que são ligadas ao Servas. Essas cooperativas vão enviar mensalmente as guias de pagamento e nós, do Servas, vamos fazer os pagamentos”, detalhou Dinorá Fernandes, vice-presidente do Servas.
Legado
O trabalho, ainda que com validade de quatro anos (a não ser que novos recursos sejam destinados), é um marco para os envolvidos. Durante a assinatura, Neli Medeiros destacou a importância de tornar o projeto uma política de governo.
“Não é possível calcular, mas estimamos que hoje mais de 800 mil pessoas em Minas Gerais trabalhem com reciclagem. Muitas delas ainda pedem o mínimo, uma cesta básica para terem o que comer. Esse programa possibilita a todos essa oportunidade, já que, para muitos, entre escolher comer e pagar a Previdência, a fome fala mais alto”, disse.
O procurador Carlos Eduardo Ferreira Pinto, afirmou que o trabalho vai continuar. “Quero destacar que o MP não vai deixar esse trabalho acabar, é um legado muito importante para o Estado", finalizou.
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"Agora, vamos poder trabalhar com tranquilidade, sabendo que, se algum de nós se acidentar, vamos ter onde recorrer, sem preocupação de ter que voltar correndo para trabalhar e garantir nosso alimento. Além disso, é ter uma certeza de que daqui a um tempo, teremos direito à nossa aposentadoria", afirmou a catadora Neli Medeiros.
O documento que atesta o acordo firmado foi assinado nesta terça-feira (19 de novembro), pela Neli Medeiros; pelo vice-governador do Estado, Mateus Simões; pelo procurador geral do Estado, Jarbas Soares Filho, e pela presidente do Servas, Cristiane Renault. Um repasse, oriundo de fundos de reparação ambiental, vai garantir o pagamento de R$ 16 milhões, o equivalente a quatro anos e meio de contribuição.
“Existem três perfis de catadores: os que são cooperados, os autônomos e os que levam a reciclagem como negócio de família. Para esse programa, selecionamos aqueles que são associados a alguma das 74 cooperativas que recebem o Bolsa Reciclagem, do governo de Minas, que são ligadas ao Servas. Essas cooperativas vão enviar mensalmente as guias de pagamento e nós, do Servas, vamos fazer os pagamentos”, detalhou Dinorá Fernandes, vice-presidente do Servas.
Legado
O trabalho, ainda que com validade de quatro anos (a não ser que novos recursos sejam destinados), é um marco para os envolvidos. Durante a assinatura, Neli Medeiros destacou a importância de tornar o projeto uma política de governo.
“Não é possível calcular, mas estimamos que hoje mais de 800 mil pessoas em Minas Gerais trabalhem com reciclagem. Muitas delas ainda pedem o mínimo, uma cesta básica para terem o que comer. Esse programa possibilita a todos essa oportunidade, já que, para muitos, entre escolher comer e pagar a Previdência, a fome fala mais alto”, disse.
O procurador Carlos Eduardo Ferreira Pinto, afirmou que o trabalho vai continuar. “Quero destacar que o MP não vai deixar esse trabalho acabar, é um legado muito importante para o Estado", finalizou.