Rio de Janeiro - As investigações sobre as movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), completaram 482 dias nesta terça-feira (30) sem conclusão alguma, atestou o jornal Folha de S.Paulo. Queiroz trabalhou para o filho do presidente Jair Bolsonaro quando o parlamentar era deputado estadual no Rio.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) havia identificado uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão feita durante um ano por Queiroz. Outro detalhe é que, entre junho e julho de 2017, foram efetuados 48 depósitos em dinheiro numa conta de Flávio Bolsonaro que totalizam R$ 96 mil. O teor do documento foi divulgado pelo Jornal Nacional.
O senador eleito também negociou dois apartamentos em bairros nobres do Rio de Janeiro, no valor de R$ 4,2 milhões, entre 2014 e 2017. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o período de aquisição é o mesmo em que o Coaf identificou uma movimentação de R$ 7 milhões nas contas de Queiroz.
Atualmente, a investigação é tocada pela Promotoria de Justiça, com apoio no âmbito criminal do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada em Combate à Corrupção). Há também investigação na área cível para analisar eventual improbidade administrativa.
Não é possível saber em que estágio se encontram as apurações nem as medidas tomadas pelo Judiciário porque a investigação está sob sigilo.