ELEIÇÃO NO MPMG

Os procuradores Carlos André Mariani Bittencourt e Marcos Tofani Baer Bahia e o promotor de Justiça Paulo de Tarso Morais Filho foram os mais votados na eleição desta segunda-feira (18 de novembro) para o cargo de procurador-geral de justiça de Minas Gerais. Os nomes vão integrar a lista tríplice que será enviada ao governador Romeu Zema (Novo) para definição de quem irá ocupar o cargo.

Quatro candidatos disputavam vaga na lista. Ficou de fora o procurador Geraldo Flávio Vasques. Agora, por prerrogativa, caberá ao governador definir qual dos três nomes será indicado ao posto, responsável pelo comando do Ministério Público. Zema tem quinze dias para a definição, contados a partir desta terça-feira (19 de novembro). O indicado ficará no cargo durante o biênio 2025/2026.

A apuração dos votos foi computada logo após o encerramento da votação, às 18h. Carlos Bittencourt liderou a disputa com 660 votos, com diferença de um voto para o segundo colocado, Paulo de Tarso, que teve 659 sufrágios. Marcos Tofani registrou 322 votos, enquanto Geraldo Vasques, 133. O MPMG ainda computou cinco votos em branco e quatro nulos.

O candidato de Jarbas Soares Júnior, atual ocupante do cargo, é o procurador Bittencourt, um dos integrantes da lista, que exerce atualmente o cargo de procurador-geral adjunto institucional. Bittencourt ingressou no Ministério Público em 1990 e já foi procurador geral de Justiça do estado por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Em vídeo divulgado para apresentar a candidatura nas redes sociais, Bittencourt chegou a ressaltar o trabalho da atual gestão e o compromisso com a continuidade, sob o lema “O avanço não pode parar”.

 Tofani, por sua vez, tem o apoio de Antônio Sérgio Tonet, que chefiou a instituição entre 2016 e 2020, no intervalo entre as gestões de Bittencourt e de Jarbas. O candidato, que defende a renovação na chefia do órgão, está no Ministério Público desde 1993, onde é titular da Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos.

Já o promotor Paulo de Tarso – que está há 30 anos no órgão e que até pouco tempo atuava como chefe de gabinete de Jarbas – se viu sem o apoio do procurador geral em exercício, mas decidiu manter a candidatura ao cargo mais alto do Ministério Público com uma campanha baseada no discurso da inovação. Segundo informações de bastidores, ele participa da corrida com apoio político da Família Aro – grupo do secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro (PP).

O procurador-geral de justiça é o chefe do Ministério Público do estado, responsável pelo orçamento da instituição, recursos humanos e materiais. Cabe também ao ocupante do cargo investigações contra o governador do estado, presidente do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa por atos praticados no exercício do cargo.

 Desde que assumiu como governador de Minas, em 2018, Zema tem indicado, para o cargo de procurador-geral de Justiça, quem lidera a votação. Em seu primeiro ano à frente do Executivo estadual, Zema definiu Antônio Sérgio Tonet para o cargo. Ele ficou na frente da lista tríplice com 613 votos na ocasião. Em 2020, Jarbas Soares Júnior liderou a disputa, com 705 votos, e foi indicado pelo governador para assumir a procuradoria-geral de Justiça. Ele foi reconduzido ao cargo em 2022, quando também foi o favorito nas eleições, com 902 votos.

Em nota encaminhada à reportagem, o procurador Marcos Tofani, terceiro colocado na disputa, celebrou a inclusão de seu nome na lista tríplice. Em balanço sobre a campanha, o candidato apontou como “enriquecedor” e “emocionante” ver colegas do MPMG, tanto da capital quanto do interior do estado, participando das discussões para a eleição para o próximo procurador-geral de Justiça. Tofani afirma que irá trabalhar, agora, para sua nomeação por parte de Zema, lembrando que, em 2004, o atual ocupante do cargo, Jarbas Soares Júnior, ficou em terceiro lugar e, ainda assim, foi o escolhido na época. “Estou muito orgulhoso por ter entrado em lista tríplice já na primeira vez que disputo essa eleição. Agradeço muito aos meus pares por essa honraria”, diz no texto.

O procurador Geraldo Flávio Vasques, que ficou fora da lista, preferiu não comentar o resultado. A reportagem de O TEMPO também tentou contato com o procurador Carlos Bittencourt e com o promotor Paulo de Tarso. O espaço segue aberto.

 

 

Fonte: otempo.com.br