O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia que as eventuais candidaturas do ex-juiz Sergio Moro - condenado por parcialidade nos processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, deixam claro que o verdadeiro objetivo da Lava Jato “era o protagonismo político”.

“[Essas candidaturas] deixariam claro que, sempre, o objetivo da operação, com todos os acertos que teve, era o protagonismo político, a ação política para dela fazer uso”, disse Lira em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (5). 

“Agora, o promotor Dallagnol, que cometeu inúmeros abusos em nome disso que ele hoje se propõe, foge das punições do [Conselho Nacional do Ministério Público] CNMP – são mais de 40 processos, inclusive com processo parado no Supremo, com vista do ministro Fachin [ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin]”, completou.

Arthur Lira chegou a ser denunciado pela Lava Jato e o PP é o partido com mais membros investigados no âmbito da operação. O processo, porém, foi paraisado por determinação do STF, que apontou fragilidade nas provas apresentadas pelo Ministério Público.