Trecho da coluna de André Araújo, no GGN – O Secretário de Estado Rex Tillerson iniciou em 1º de fevereiro sua primeira viagem pela América Latina, México, Jamaica, Colômbia, Peru e Argentina. Assim como no ano passado fez o Vice Presidente dos EUA, Tillerson evitou o Brasil, maior pais da América Latina, o que soa algo bastante estranho, pouco usual, chocante.
Perguntei a um amigo, com mais de 30 anos no Departamento de Estado e que lá é considerado um “expert” em Brasil o porque dessa posição de evitar o maior Pais do continente.
A resposta veio rápida, a situação politica do Brasil é considerada por demais confusa e imprevisível, sem interlocutores representativos. É impressionante a perda de capital geopolítico da maior potência regional, o Brasil caiu rapidamente de uma estrela ascendente na cena internacional em 2010 para um paria a ser evitado em 2018, isso em se tratando do País chave para vários temas, como o do clima e da capacidade de intervenção através das forças de paz da ONU, função na qual o Brasil é o maior protagonista entre todos os países desde há décadas, com 9 Missões simultâneas em 2015 e na chefia da maior delas, a do Congo (General Santos Cruz).
Em cima da falta de presença há mais um fator que prejudica no momento o Brasil, a chefia do Itamaraty em mãos não profissionais, o atual chanceler não é diplomata, como foram todos os chanceleres desde o inicio do governo Lula, uma politica externa profissional.