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O apoio de Lula e Bolsonaro é apontado como mais relevante do que o de figurões com atuação em Minas. Segundo a pesquisa, 18,2% dos entrevistados disseram que o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) seria o cabo eleitoral com maior capacidade de influenciar a escolha de um candidato. Por outro lado, 14,9% apontaram o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), como o político mais capaz de influir no voto.
Para chegar a esse resultado, a pesquisa pediu que os entrevistados escolhessem apenas um entre os quatro apoiadores citados em uma lista predefinida.
Polarização
Na avaliação da cientista social e analista de pesquisa do DATATEMPO Bruna Assis, a influência de Lula e Bolsonaro sobre o pleito de Belo Horizonte ainda é reflexo da polarização ideológica protagonizada pelos dois durante a campanha presidencial de 2022.
“Quando mencionamos polarização, estamos falando de identificação com discursos, valores e visões de mundo diferentes. Esse é um aspecto sensível e de difícil negociação para qualquer pessoa, e, por isso, a mobilização vista em 2022 pode se refletir na disputa municipal, à medida que os próprios candidatos abordem esses aspectos em suas campanhas, buscando mobilizar as bases expressivas dos representantes do Executivo federal”, analisa a especialista.
De olho no potencial de transferência de votos, o deputado estadual Bruno Engler (PL), por exemplo, não esconde o interesse de ter Bolsonaro em seu palanque durante a campanha para prefeito. No mês passado, o pré-candidato chegou a afirmar em entrevista a O TEMPO que, não fosse o apoio do ex-presidente, ele “nem teria candidatura”. Engler é o terceiro colocado na pesquisa DATATEMPO, com 10,2% de intenções de voto.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, já deixou clara a intenção de atuar como cabo eleitoral de candidatos do PL em todo o país. No Estado, ele já iniciou presencialmente a empreitada no começo deste mês, durante viagem ao Triângulo Mineiro. No último dia 3, ele lançou as pré-candidaturas do ex-vereador Samir Cecílio (PL) e do deputado estadual Caporezzo (PL), que devem disputar as prefeituras de Uberaba e Uberlândia, respectivamente.
Lula, por sua vez, ainda tem mantido distância das movimentações eleitorais em Belo Horizonte. Mesmo depois do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Rogério Correia (PT) – que soma 8,8% das intenções de voto –, o presidente ainda não verbalizou se pretende fazer campanha para ele, nem mesmo no primeiro turno.
Nos bastidores, o entendimento é que o atual presidente deve manter certa distância do pleito, uma vez que outros partidos da base aliada na capital também lançaram pré-candidatos à prefeitura.
Metodologia
A pesquisa DATATEMPO fez 1.200 entrevistas domiciliares entre 26 e 30 de março. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pela Sempre Editora, e o registro no TRE-MG é 02336/2024.
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Para chegar a esse resultado, a pesquisa pediu que os entrevistados escolhessem apenas um entre os quatro apoiadores citados em uma lista predefinida.
Polarização
Na avaliação da cientista social e analista de pesquisa do DATATEMPO Bruna Assis, a influência de Lula e Bolsonaro sobre o pleito de Belo Horizonte ainda é reflexo da polarização ideológica protagonizada pelos dois durante a campanha presidencial de 2022.
“Quando mencionamos polarização, estamos falando de identificação com discursos, valores e visões de mundo diferentes. Esse é um aspecto sensível e de difícil negociação para qualquer pessoa, e, por isso, a mobilização vista em 2022 pode se refletir na disputa municipal, à medida que os próprios candidatos abordem esses aspectos em suas campanhas, buscando mobilizar as bases expressivas dos representantes do Executivo federal”, analisa a especialista.
De olho no potencial de transferência de votos, o deputado estadual Bruno Engler (PL), por exemplo, não esconde o interesse de ter Bolsonaro em seu palanque durante a campanha para prefeito. No mês passado, o pré-candidato chegou a afirmar em entrevista a O TEMPO que, não fosse o apoio do ex-presidente, ele “nem teria candidatura”. Engler é o terceiro colocado na pesquisa DATATEMPO, com 10,2% de intenções de voto.
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Lula, por sua vez, ainda tem mantido distância das movimentações eleitorais em Belo Horizonte. Mesmo depois do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Rogério Correia (PT) – que soma 8,8% das intenções de voto –, o presidente ainda não verbalizou se pretende fazer campanha para ele, nem mesmo no primeiro turno.
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