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string(6442) "(FOLHAPRESS) - Parlamentares e aliados de Jair Bolsonaro (PL) minimizaram a fala do presidente Donald Trump sobre o presidente Lula (PT) em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (23). Eles afirmam que não se trata de um gesto concreto e que dificilmente haverá reversão das tarifas impostas pelo governo americano ou melhora da crise entre os dois países após conversa entre seus líderes.
Nas horas que seguiram o surpreende discurso do americano, parte dos bolsonaristas ficou sem reação, buscando entender quais são os próximos passos, já que Trump é conhecido por sua imprevisibilidade. Reservadamente, disseram não poder calcular se haveria prejuízo ao grupo político.
Um aliado disse ver prejuízo ao grupo político e teme que Lula possa abrir uma porta de diálogo que até então só existia com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo.
Na avaliação geral, o discurso dos bolsonaristas é de que a crise poderia até mesmo piorar após uma conversa entre eles, ainda que seja mais controlada por telefonema.
Eles afirmam que há mais divergências do que convergências entre os dois líderes, e isso ficaria exposto num diálogo entre os dois –cujos discursos na ONU tiveram trocas de críticas. Citam a postura pró-Palestina de Lula contra a pró-Israel de Trump, a proximidade com a gestão do antecessor Joe Biden, o Judiciário brasileiro, dentre outros pontos.
"[Lula] será cobrado sobre o projeto de anistia. E aí? Cheque. Lula termina o dia de hoje em uma posição política infinitamente pior do que começou", disse Figueiredo.
Eles também cogitaram diferentes explicações para a postura elogiosa do americano ao petista. Dentre os argumentos, há o de que o gesto Trump seria, na verdade, calculado e uma forma de estratégia de negociação. O objetivo seria de expor o presidente brasileiro que, chamado para uma reunião publicamente, não teria como não participar.
O governo brasileiro tem enfrentado barreiras para buscar diálogo com a administração Trump, que impôs duras tarifas a produtos brasileiros, após intensa articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e do empresário Paulo Figueiredo. Este é primeiro e maior gesto desde que a crise começou, no início de julho.
Após o discurso de Trump, Eduardo foi às redes para destacar os momentos de sua fala em que criticou o governo brasileiro, por suposta perseguição judicial e por supostamente interferir em direitos de cidadãos americanos, praticando censura.
"Tudo isso é um prenúncio do que estará sobre a mesa num eventual encontro entre Trump e Lula que, se confirmado, seria certamente no Salão Oval. E Lula não terá escolha: terá de ir. Note bem, será no momento, no local e nos termos que Trump escolheu -sendo que o Itamaraty está anulado, sem poder alinhar previamente a reunião", escreveu o deputado federal.
O encontro, contudo, deve ser por telefonema, segundo o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores). O gesto foi interpretado por bolsonaristas como fuga.
"Lula acaba de ter a oportunidade de ficar frente a frente com Trump, mas já está arrumando desculpas para fugir. Procura-se o Presidente da República", disse Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Eles dizem que Trump faria com Lula o mesmo que fez com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, no Salão Oval. À época, o próprio Lula se referiu ao episódio como uma humilhação e cena grotesca.
A tese bolsonarista também ecoa em parte em integrantes do governo petista. Mesmo tendo visto o gesto de Trump como uma vitória para o brasileiro, eles temem que o americano use o diálogo entre os dois como uma forma de pressionar e até humilhar o líder petista.
Os dois tiveram uma breve interação na manhã desta terça-feira (23) pouco antes de o republicano discursar na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Trump sugeriu, e Lula aceitou, uma conversa para a próxima semana. O encontro foi divulgado pelo presidente americano ao final de sua fala, em que ele também disse que gostou do brasileiro e que teve uma "excelente química" com o petista.
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Um aliado disse ver prejuízo ao grupo político e teme que Lula possa abrir uma porta de diálogo que até então só existia com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo.
Na avaliação geral, o discurso dos bolsonaristas é de que a crise poderia até mesmo piorar após uma conversa entre eles, ainda que seja mais controlada por telefonema.
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