Apoiadores de Jair Bolsonaro estão espalhando nas redes versões falsas sobre a interrupção da agenda do candidato a governador Tarcísio de Freitas após incidente com tiros nesta segunda-feira (17) em Paraisópolis, São Paulo. 

O suposto atentado já foi desmentido por fontes da Polícia Militar de SP, que disseram ao UOL que os tiros que interromperam o evento do qual Tarcísio participava  ocorreram "no interior da favela (na região de Paraisópolis), sem que  houvesse disparos na direção do local onde estava o candidato".

Apesar da PM ter negado que Tarcísio tenha sido alvo de um atentado, bolsonaristas estão associando o episódio a um suposto plano do PCC e associando o crime ao PT. Confira:

O tráfico, o PCC não querem que Tarcísio de Freitas seja o governador, assim como também não querem Bolsonaro reeleito Presidente do Brasil.
O crime organizado e o PCC querem Haddad governador e Lula presidente. Os bandidos querem que o PT vença as eleições. Por que einh? 🤔 pic.twitter.com/qYaMD2oJEE

 
— Luis Santos (@folha_luis) October 17, 2022
 
Em vídeo que circulava nas redes sociais desde o dia 15 de outubro, o  general bolsonarista Augusto Heleno já 'previa' a realização de um suposto atentado contra o ex-ministro Tarcísio de Freitas. No vídeo que circulava há dias nas redes sociais, Heleno mencionava que Tarcísio está deixando de ir aos debates não por temer queimar ainda mais a própria imagem  diante de Fernando Haddad (PT), mas sim por uma "ameaça de um atentado  terrorista onde tem uma organização criminosa envolvida".

 
Fontes da polícia desmentem "atentado" contra Tarcísio


A Polícia Militar de São Paulo negou que o candidato ao governo do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) tenha sido alvo de um atentado nesta segunda-feira (17) durante um evento de campanha em Paraisópolis, favela da Zona Sul da capital paulista.

Fontes ligadas à polícia disseram ao UOL  que os tiros que interromperam o evento do qual Tarcísio participava  ocorreram "no interior da favela, sem que houvesse disparos na direção  do local onde estava o candidato". A Secretaria de Segurança Pública de  São Paulo ainda não se posicionou.

Pelas redes, bolsonaristas dizem que Tarcísio foi atacado durante um  ato de campanha. O próprio candidato alimentou a versão em postagem no  Twitter logo após o ocorrido. "Durante visita ao 1º Polo Universitário  de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos".