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Em depoimento à Polícia Federal sobre o esquema de laranjas no PSL, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou que, em 2018, o então candidato Jair Bolsonaro chancelou um acordo para repassar 30% do fundo eleitoral do PSL ao diretório do partido em Pernambuco - chefiado politicamente por Luciano Bivar. Esse percentual equivale a aproximadamente R$ 2,7 milhões. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Bebianno foi chamado para depor porque a verba pública do PSL repassada às supostas candidatas laranjas de Pernambuco partiu do diretório nacional, presidido por ele na época. Um dos questionamentos levantados pela PF foi o motivo do diretório de Pernambuco ter sido beneficiado com mais dinheiro, o ex-ministro contou que, no início de 2018, um acordo político foi firmado entre Bolsonaro e Bivar para que o então pré-candidato ingressasse no PSL.
"Perguntado sobre quem seria o responsável pela definição das contas relativas aos fundos partidário e especial [eleitoral] para cada estado e seu correlato repasse para os candidatos durante o processo eleitoral, [Bebianno] respondeu que na forma do acordo político celebrado entre Jair Bolsonaro, Luciano Bivar, Fernando Francischini [então deputado federal pelo Paraná e aliado de Bolsonaro], Antônio Rueda [braço-direito de Bivar], Eduardo Bolsonaro [filho do presidente] e o declarante, parte relevante do fundo eleitoral, em torno de 30%, seria destinado para o estado de Pernambuco, estado original da fundação do PSL, e que os 70% restantes seriam distribuídos de acordo com o peso eleitoral de cada estado", diz em parte de seu depoimento.
Segundo ele, pelo acordo, Bolsonaro teria ficado com o poder de definir o comando de todos os diretórios regionais do PSL, além de cargos na Executiva Nacional e o comando interno da legenda durante o período eleitoral, cargo que foi ocupado por Bebianno. "O candidato queria ter esse controle para evitar que pessoas com perfil político mais à esquerda exercessem função de comando nesses diretórios regionais e que as pessoas indicadas fossem corretas no trato público", afirmou.
Todavia, o ex-ministro afirmou não saber o que foi feito com o dinheiro repassado a Pernambuco.
À Folha de S. Paulo, Bebianno defendeu o acordo para o ingresso de Bolsonaro no PSL: "Quando tudo começou, o Bivar demonstrou logo de início uma preocupação com a candidatura dele e com a campanha no estado dele, o que é natural, razoável, qualquer político faria".
"Você tem um amigo com uma casa de praia em Angra, maravilhosa, com lancha, piscina e tudo. Aí seu amigo te empresta a casa e diz: 'Olha, tá aqui, não precisa pagar a conta de luz, água, inclusive tem três funcionários, caseiros, uma lacha já abastecida, ou seja, tudo montado. Pode usar todos os quartos, todos os cômodos, deita e rola. Só vou pedir uma gentileza. O último quarto, que fica lá no corredor esquerda é o meu quarto. Eu vou pedir para não usar o meu quarto'. O acordo político com o Bivar foi esse", explica, usando uma metáfora.
Segundo a Folha, o Palácio do Planalto, Luciano Bivar, Eduardo Bolsonaro e Francischini não quiseram se manifestar sobre as declarações.
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Em depoimento à Polícia Federal sobre o esquema de laranjas no PSL, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou que, em 2018, o então candidato Jair Bolsonaro chancelou um acordo para repassar 30% do fundo eleitoral do PSL ao diretório do partido em Pernambuco - chefiado politicamente por Luciano Bivar. Esse percentual equivale a aproximadamente R$ 2,7 milhões. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Bebianno foi chamado para depor porque a verba pública do PSL repassada às supostas candidatas laranjas de Pernambuco partiu do diretório nacional, presidido por ele na época. Um dos questionamentos levantados pela PF foi o motivo do diretório de Pernambuco ter sido beneficiado com mais dinheiro, o ex-ministro contou que, no início de 2018, um acordo político foi firmado entre Bolsonaro e Bivar para que o então pré-candidato ingressasse no PSL.
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Segundo ele, pelo acordo, Bolsonaro teria ficado com o poder de definir o comando de todos os diretórios regionais do PSL, além de cargos na Executiva Nacional e o comando interno da legenda durante o período eleitoral, cargo que foi ocupado por Bebianno. "O candidato queria ter esse controle para evitar que pessoas com perfil político mais à esquerda exercessem função de comando nesses diretórios regionais e que as pessoas indicadas fossem corretas no trato público", afirmou.
Todavia, o ex-ministro afirmou não saber o que foi feito com o dinheiro repassado a Pernambuco.
À Folha de S. Paulo, Bebianno defendeu o acordo para o ingresso de Bolsonaro no PSL: "Quando tudo começou, o Bivar demonstrou logo de início uma preocupação com a candidatura dele e com a campanha no estado dele, o que é natural, razoável, qualquer político faria".
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