O presidente da CPi da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou ao programa Fórum Onze e Meia, nesta segunda-feira (19), que não há “gabinete do ódio“, mas sim “gabinete dos assassinos”.

“Não é gabinete do ódio só não, é o gabinete dos assassinos. Esse gabinete fez muita gente ir à morte, são assassinos. O ódio deixa mal quem tá com ódio e quem recebe o ódio. Um gabinete que propaga uma medicação não comprovada, á assassino”, disse.
 
Para Aziz, no início, a CPI da Covid contava com uma desconfiança muito grande da população. “Ah, é mais uma CPI, isso não vai dar em nada, vai dar em pizza. No seu desenrolar ela passa a ter uma audiência muito grande nos meios de comunicação, pois era o contraponto que faltava, porque tinha um cara no Brasil que era o absoluto no cercadinho”, diz se referindo ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

 
“Aquilo que ele falava virava lei no país, ninguém podia se contrapor, se alguma jornalista se contrapunha a ele, ele chamava de anta, quadrúpede, os adjetivos que o presidente usa e ainda abre a boca pra dizer que é cristão”, disse. 
 
Aziz lembrou ainda que “o chefe da Nação é superficial em tudo, não tem absolutamente nada que ele conheça ou tenha estudado em profundidade. É um acaso e esse acaso está custando 540 mil vidas perdidas. E vamos chegar a muito mais, infelizmente.

O presidente da CPI lembrou que a grande guinada da comissão foi o depoimento do Fábio Wajngarten. “Foi o que deu a melhor contribuição. Ele leva um documento que ninguém tinha conhecimento, uma carta para o presidente, vice-presidente, ministro da saúde, da casa-civil, que era o Braga Netto, Paulo Guedes e para o embaixador nos EUA com a Pfizer querendo vender vacinas pro Brasil”.

 
O documento comprovava, segundo Aziz, “que o presidente não apostava nas vacinas, mas sim no que ele repetia e a população estava aceitando, que era a imunização de rebanho, que é crime contra a humanidade. Vai lá, se contamina e quem for forte que se salve. Ele usava a si próprio como exemplo ‘sou atleta, sou isso, sou aquilo’. Agora não aguentou uma dor de barriga e foi se internar”, ironizou.

O senador afirmou que “eles deram com os burros n’água, porque os fatos se sobrepõem às versões. E principalmente versões criadas superficialmente. Você vê a versão que o presidente, depois de defecar lá no hospital e sair – porque ele foi lá no hospital defecou e saiu – ele abre a boca pra acusar o deputado que estava presidindo a sessão de ser o responsável pelo fundão. Os dois filhos dele votaram a favor – “coitadinho, ele não sabe de nada, o culpado é o Marcelo, aquele lá do Amazonas’ – Ele não quer atingir o Marcelo, ele quer atingir a mim”.

Aziz então desafiou Bolsonaro: “Venha presidente, eu tô pronto, venha, mas venha debater, não venha com as suas brincadeirinhas pra cima da gente porque não vai se dar bem comigo. Eu enfrento a você e a sua curriola todinha que não tenho medo. Agora, não me intimide, ninguém vai me intimidar porque a verdade vai prevalecer”.