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O presidente Jair Bolsonaro decidiu manter o professor Carlos Alberto Decotelli no Ministério da Educação (MEC), apesar dos sucessivos questionamentos ao seu currículo e do anúncio de que sua posse, prevista para esta segunda-feira (29), tinha sido adiada. A decisão foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, que ouviu as versões do professor e concluiu que ele tem “lastro acadêmico” e “reconhecimento como gestor”, depois de 42 anos de vida pública.
O presidente preferiu prestigiar a prática de vida em detrimento de “detalhes formais de currículo”. O anúncio oficial será feito por Bolsonaro pelas redes sociais ainda nesta segunda-feira. Bolsonaro chegou a procurar nomes para substituir o ministro, mas decidiu dar uma chance a Decotelli após a conversa.
Apesar da decisão do presidente, importantes assessores do governo continuam sondando nomes para substituir Decotelli, na suposição de que ele ganhou sobrevida no cargo, mas sua situação ainda é delicada e outras revelações desagradáveis ainda podem surgir.
Desde o fim de semana, quando a formação acadêmica de Decotelli passou a ser alvo de contestação, auxiliares do presidente argumentam que os questionamentos inviabilizam totalmente o ex-professor no cargo, em um momento em que o governo tenta recuperar a confiança na pasta. Um outro grupo ponderou que mais uma mudança no MEC pode ser pior e alegam que outros ministros também já tiveram o currículo contestado, mas seguiram no cargo após a explicação.
Desde que foi anunciado como novo ministro da Educação, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas. Ao anunciar o sucessor de Abraham Weintraub na pasta, o presidente Jair Bolsonaro mencionou a formação do professor: “Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Uerj, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e Pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, escreveu nas redes sociais na quinta-feira (25).
No dia seguinte, o título de doutor do novo ministro da Educação foi questionado por Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, que disse que Decotelli não conclui o doutorado. "Cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar".
O ministro inicialmente negou a declaração de Bartolacci e chegou a mostrar certificado de conclusão de disciplinas à reportagem. "É verdade. Pergunte lá para o reitor", disse Decotelli na sexta-feira ao "Estadão". Questionado se havia defendido a tese, requisito para obter o título de doutor, o ministro não respondeu.
No fim do dia, o novo titular do MEC atualizou o seu currículo na plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele passou a declarar que teve "créditos concluídos" no curso de doutorado, em 2009. No campo relacionado ao orientador, o ministro assinalou: "Sem defesa de tese".
No sábado (26), a dissertação de mestrado do ministro também foi colocada sob suspeita após o economista Thomas Conti apontar, no Twitter, possíveis indícios de cópia no trabalho, de 2008. Ele citou trechos na dissertação idênticos a um relatório do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A FGV informou que vai investigar a suspeita de plágio.
O pós-doutorado na Alemanha também passou a ser debatido após a universidade fornecer informações diferentes das que constam no currículo do ministro. A instituição informou que ele não obteve título de pós-doutorado e Decotelli mudou hoje o currículo. Após admitir que não concluiu doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Decotelli deixou de afirmar nesta segunda-feira, 29, em seu currículo, que realizou pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.
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O presidente Jair Bolsonaro decidiu manter o professor Carlos Alberto Decotelli no Ministério da Educação (MEC), apesar dos sucessivos questionamentos ao seu currículo e do anúncio de que sua posse, prevista para esta segunda-feira (29), tinha sido adiada. A decisão foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, que ouviu as versões do professor e concluiu que ele tem “lastro acadêmico” e “reconhecimento como gestor”, depois de 42 anos de vida pública.
O presidente preferiu prestigiar a prática de vida em detrimento de “detalhes formais de currículo”. O anúncio oficial será feito por Bolsonaro pelas redes sociais ainda nesta segunda-feira. Bolsonaro chegou a procurar nomes para substituir o ministro, mas decidiu dar uma chance a Decotelli após a conversa.
Apesar da decisão do presidente, importantes assessores do governo continuam sondando nomes para substituir Decotelli, na suposição de que ele ganhou sobrevida no cargo, mas sua situação ainda é delicada e outras revelações desagradáveis ainda podem surgir.
Desde o fim de semana, quando a formação acadêmica de Decotelli passou a ser alvo de contestação, auxiliares do presidente argumentam que os questionamentos inviabilizam totalmente o ex-professor no cargo, em um momento em que o governo tenta recuperar a confiança na pasta. Um outro grupo ponderou que mais uma mudança no MEC pode ser pior e alegam que outros ministros também já tiveram o currículo contestado, mas seguiram no cargo após a explicação.
Desde que foi anunciado como novo ministro da Educação, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas. Ao anunciar o sucessor de Abraham Weintraub na pasta, o presidente Jair Bolsonaro mencionou a formação do professor: “Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Uerj, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e Pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, escreveu nas redes sociais na quinta-feira (25).
No dia seguinte, o título de doutor do novo ministro da Educação foi questionado por Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, que disse que Decotelli não conclui o doutorado. "Cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar".
O ministro inicialmente negou a declaração de Bartolacci e chegou a mostrar certificado de conclusão de disciplinas à reportagem. "É verdade. Pergunte lá para o reitor", disse Decotelli na sexta-feira ao "Estadão". Questionado se havia defendido a tese, requisito para obter o título de doutor, o ministro não respondeu.
No fim do dia, o novo titular do MEC atualizou o seu currículo na plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele passou a declarar que teve "créditos concluídos" no curso de doutorado, em 2009. No campo relacionado ao orientador, o ministro assinalou: "Sem defesa de tese".
No sábado (26), a dissertação de mestrado do ministro também foi colocada sob suspeita após o economista Thomas Conti apontar, no Twitter, possíveis indícios de cópia no trabalho, de 2008. Ele citou trechos na dissertação idênticos a um relatório do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A FGV informou que vai investigar a suspeita de plágio.
O pós-doutorado na Alemanha também passou a ser debatido após a universidade fornecer informações diferentes das que constam no currículo do ministro. A instituição informou que ele não obteve título de pós-doutorado e Decotelli mudou hoje o currículo. Após admitir que não concluiu doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Decotelli deixou de afirmar nesta segunda-feira, 29, em seu currículo, que realizou pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha.