Apesar dos esforços do governo federal para a aprovação da “PEC das Bondades”, que garantiu o auxílio de R$600 para os mais pobres até dezembro, o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre essas pessoas caiu. É o que mostra a mais nova pesquisa da BTG.

De acordo com a pesquisa, divulgada nesta segunda (8/8), Lula (PT) ainda tem 53% dos votos entre quem recebe o Auxílio Brasil, contra 24% de Bolsonaro. Há quinze dias, o cenário mostrava que Lula tinha 59% das intenções de voto neste público, frente a 28% de Bolsonaro. 

Entre os que não recebem o benefício, mas moram com alguém que recebe, 62% votam no Lula e 20% no Bolsonaro.

O presidente cresceu nos 85% do eleitorado não atendido pelo programa.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas em todo o país entre sexta-feira (5/8) e domingo (7/8), e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o número BR-08028/2022.

Economia

A economia é o tema que mais influencia a decisão do voto para 74% dos eleitores. Já a posição dos candidatos sobre temas importantes para o eleitor é relevante para 67% das pessoas. O posicionamento de artistas e celebridades a favor de um candidato é o fator menos relevante, segundo a pesquisa, e importa para 9% dos entrevistados.  

Em relação ao atual momento econômico do país, 56% afirmam que estão em crise econômica, com dificuldades de superar, e 33% estão em crise, mas conseguindo reverter. Somente 8% consideram que estão vivendo um bom momento econômico. 

A maioria (88%) acredita também que os preços aumentaram muito nos últimos 3 meses, frente a 7% dos entrevistados, que consideram que o valor dos produtos diminuiu. 

O percentual dos que acreditam no aumento da inflação caiu 26 pontos percentuais em dois meses, e 29% pensam que os preços podem diminuir nos próximos meses. 

Preço dos combustíveis


A percepção sobre o preço dos combustíveis também melhorou, e 63% consideram que os preços estão melhores agora. Há duas semanas, eram 54%.

Para 42% dos entrevistados, o governo federal é o principal responsável pela redução de preços, e 21% pensam que a Petrobras é que garantiu a diminuição no valor do litro de combustível.