PRAÇA DA ASSEMBLEIA

Servidores públicos de diversas categorias do governo de Minas Gerais se reúnem na tarde desta terça-feira (7) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para protestar contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), apresentado pelo governador Romeu Zema (Novo) como alternativa para manter as contas do Estado em dia. Muitos manifestantes pedem a saída do governador (veja o vídeo).  

Ao todo, 24 sindicatos que representam diferentes carreiras do funcionalismo se reuniram em uma paralisação geral. Eles acompanham a discussão do projeto na Comissão de Administração Pública da ALMG. Na última terça-feira (31/10), a Comissão de Constituição e Justiça do Legislativo mineiro deu aval para tramitação do projeto.

Privatizações também são alvo de menifestantes

Além do RRF, a privatização de estatais mineiras também são um tema sensível para os manifestantes. Eles usaram como exemplo a situação de moradores de São Paulo, que ficaram sem luz durante três dias, para mostrar o que pode acontecer com os mineiros se a administração estadual conseguir levar à frente a ideia da venda de empresas como a Cemig e a Copasa.

"É uma pauta entreguista. Em São Paulo, milhões de consumidores ficaram sem luz. Resultado da precarização da empresa que foi privatizada e demitiu funcionários. Em Minas, o governador quer este mesmo caminho para os mineiros", afirma Emerson Andrada, do Sindieletro, que representa os servidores da empresa.

As privatizações da Cemig e da Copasa não constam do plano de recuperação fiscal, que prevê as ações que o governo mineiro propõe para o Regime de Recuperação Fiscal, mas é uma das pautas prioritárias do governo, que encaminhou uma proposta de emenda constitucional para a ALMG dispensando a exigência de um referendo para autorizar a venda das estatais mineiras.