O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), embora afirme publicamente que Rodrigo Pacheco (PSD) é seu candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, realizou duas pesquisas para avaliar sua própria viabilidade eleitoral. As sondagens foram contratadas em maio e dezembro, com o objetivo de medir o potencial de Silveira como candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi revelada em matéria assinada pelo jornalista Pedro Augusto Figueiredo, no Estadão.

Questionado sobre o assunto, Silveira negou ter contratado os levantamentos e reiterou seu apoio ao presidente do Senado. “Tenho a noção de que ele é o nome que reúne as condições para recolocar Minas Gerais no cenário nacional e no caminho do desenvolvimento econômico. Disse isso ao presidente Lula, na presença do Rodrigo, afirmando que ele é o candidato ideal para o palanque do Lula”, declarou.

As empresas envolvidas, Perfil 252 e IR Pesquisas, também negaram a realização das sondagens. No entanto, a reportagem sustenta a informação com base em relatos de duas fontes confiáveis com conhecimento dos estudos.

O presidente Lula já expressou publicamente sua preferência por Pacheco como candidato em Minas Gerais, afirmando, em junho, que ele seria um “extraordinário candidato do povo mineiro”. Em reunião realizada em novembro, Lula pediu que o PSD incentivasse o senador a concorrer ao Palácio Tiradentes. Apesar do apoio presidencial, permanece a incerteza sobre a disposição de Pacheco para disputar o cargo. Aliados apontam que a decisão dependerá do cenário político em 2026 e da popularidade do governo Lula. Há ainda a possibilidade de que o senador deixe a política ao término de seu mandato, dada sua estabilidade financeira e carreira consolidada como advogado.

Quando perguntado sobre a hipótese de se lançar ao governo caso Pacheco decline, Silveira reforçou seu apoio ao aliado, mas deixou a decisão nas mãos de Lula. “Só se o Lula me pedir”, disse o ministro, destacando que atenderá ao papel que o presidente lhe designar. “Sou candidato a coordenar a campanha do Lula, ou a qualquer cargo que ele determinar: deputado estadual, federal, senador ou governador.”

Com isso, o PSD mineiro entra em 2025 com a responsabilidade de consolidar sua liderança em um estado estratégico, enquanto figuras de destaque avaliam os próximos passos para 2026.