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Candidato à Presidência da República pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que chegou a defender a cobrança de mensalidade na pós-graduação em universidade pública, recuo e apresentou outro posicionamento sobre o tema.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o tucano mostrou-se contrário à taxação nos cursos de mestrado e doutorado, mas segue favorável à cobrança no caso de especialização. “O stricto sensu (mestre ou doutor), vocês não cobra, não cobra. Vamos continuar com a pós-graduação gratuita”, disse o candidato.
Em entrevista recente ao canal GloboNews, Alckmin se manifestou a favor da cobrança geral. “O primeiro caminho é cobrar a pós-graduação, a não ser para quem precise de bolsa. O Brasil não investe pouco, é 6% do PIB em educação, o que precisa é ter uma melhor gestão. Pode ser discutido o pagamento por alunos mais ricos. Não temos nada fechado sobre isso, há um grupo estudando essa questão, você pode estabelecer uma faixa de alunos mais ricos que paguem mensalidade. Acho que é um tema a ser aprofundado, não descarto não”, disse.
Ao participar de um evento na sexta-feira, no município paulista de Taubaté, ao lado do ex-prefeito de São Paulo João Doria, candidato ao governo do estado, Geraldo Alckmin apresentou outra proposta para a pós-graduação.
“Hoje todos os cursos de especialização já são cobrados, é o chamado lato sensu. A USP cobra, a Unesp cobra, a Unicamp, a universidade federal, isso é normal. É natural que pague até para ajudar a universidade, é uma fonte de renda para poder investir mais. A não ser que a pessoa precisa, aí você dá uma bolsa”, afirmou o candidato do PSDB.